Consumidor está mais confiante em BH

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte, medido pela Fundação Ipead/UFMG, apresentou a terceira alta consecutiva em agosto, com aumento de 2,42%, sendo a pretensão de compra o componente que mais contribuiu para a melhora do humor dos consumidores belo-horizontinos. Apesar do aumento, o índice alcançou somente 37,8 pontos, mantendo-se abaixo de 50 pontos, o que indica pessimismo. No ano, foi registrada queda de 4,09% e, em 12 meses, alta de 7,97%.
Dos componentes do indicador, o Índice de Expectativa Econômica (IEE) subiu 2,10% frente a julho, influenciado pela melhora na percepção da situação econômica do País, com alta de 8,09%. No ano, essa percepção teve piora de 8,02% e em 12 meses, avanço de 33,6%. 

No mês, a percepção do consumidor belo-horizontino em relação à inflação teve piora de 5,18%, caiu 8,48% no ano e melhorou 3,21% em 12 meses. Já em relação ao emprego, foi observada melhora de 3,28% em agosto, mas recuo de 11,45% no ano, com ligeira alta de 3,02% em 12 meses.

De acordo com a coordenadora de pesquisa da Ipead/UFMG, Thaize Martins, neste ano os componentes do indicador estão mais negativos do que os observados em 2018. “O humor do consumidor está mais pessimista”, observa, lembrando que, no ano passado, havia grandes expectativas em relação ao novo governo, que não se concretizaram em 2019.

Segundo o levantamento, com exceção de junho e agosto de 2018, o emprego é o item que mais contribuiu para alimentar o pessimismo, desde abril de 2016. Até esse período, a inflação predominou por seis anos, a partir de maio de 2010, como a componente de maior contribuição para a queda de humor dos consumidores da capital mineira.

No Índice de Expectativa Financeira, foi registrada alta de 2,6% no mês, queda de 0,59% no ano e aumento de 5,37% em 12 meses. A alta foi puxada pela intenção de compra, com alta de 11,28% frente a julho. No ano, a queda é de 1,92% e, em 12 meses, alta de 6,31%.

Na avaliação de Thaize, a alta na pretensão de compra pode ser atribuída ao Dia dos Pais, comemorado no segundo domingo de agosto, e também a restituições do imposto de renda e à indicação de liberação de recursos do FGTS/PIS. Entre os grupos de produtos que a família pretende comprar, destaca-se o de vestuário e calçados, com participação de 27,62%.

Em relação à situação financeira da família, houve avanço de 0,75% no mês, recuo de 0,22% no ano e alta de 4,88% nos 12 meses. Já a situação financeira da família em relação ao passado mostra crescimento de 0,35% em agosto, queda de 0,61% no ano e crescimento de 5,8% em 12 meses. 

Taxas de juros – Outra pesquisa realizada pela Ipead mostrou que a maior parte das taxas médias de juros praticadas para pessoa física apresentou queda em relação às taxas praticadas em julho. Destaque para a de cartão de crédito curso normal, com recuo de 5,86%. “O que não é motivo para comemorar”, aponta Thaize, lembrando que em agosto a taxa média de juros na modalidade foi de 10,45% ao mês, enquanto a taxa Selic está em 6% ao ano. 

Entre as taxas para pessoa jurídica, dois dos quatro itens apresentaram alta em relação a julho: capital de giro (16,49%) e desconto de duplicatas (2,94%). Recuos foram observados na antecipação de faturas de cartão de crédito (-13,24%) e conta garantida (-8,88%). Quanto às taxas de captação, a maioria apresentou queda, com destaque para fundos de curto prazo, com recuo de 15,62%.

Tarifas bancárias – A Fundação Ipead disponibiliza em seu site informações sobre as tarifas bancárias praticadas em Belo Horizonte.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 05/09/2019 por Andréa Rocha Faria.

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