Índice de Confiança do Consumidor de BH registra primeira alta do ano

Avaliação positiva sobre a inflação, emprego e situação econômica pelos entrevistados impulsionou a variação positiva do indicador

O consumidor belo-horizontino está com uma percepção mais positiva da economia após dois meses de pessimismo. A constatação é da Fundação Ipead, que registrou uma alta de 1,19% do Índice de Confiança do Consumidor de BH (ICC-BH) de março em relação a fevereiro deste ano. O índice passou de 41,34 para 42,34 pontos em uma escala que varia de 0 (zero) a 100 (cem).

Para Diogo Santos, economista da Fundação Ipead, esta alta do ICC foi importante porque o índice vinha apresentando queda nos últimos dois meses, ou seja: neste ano, é a primeira vez que o ICC apresenta uma elevação.

Segundo ele, nos últimos meses, a queda do ICC estava relacionada, entre outros fatores, a uma piora na percepção da população em relação à inflação. Ele lembra que a avaliação dos consumidores estava em sintonia com o aumento dos preços dos alimentos, especialmente os do sacolão, que tiveram uma inflação expressiva desde novembro do ano passado. “Agora esses alimentos estão apresentando na sua média uma variação negativa. E é justamente esse item, a inflação, que melhorou agora na percepção da população em março e ajudou a fazer esse aumento do ICC ocorrer”, explica. 

Quatro dos seis componentes do índice tiveram alta:

  • inflação (+ 7,45%)
  • emprego (+ 6,86%)
  • situação econômica do país (+ 4,61%)
  • situação financeira da família em relação ao passado ( + 3,24%)

Outros dois tiveram piora:

  • situação financeira da família atual (- 4,85)
  • pretensão de compra (- 0,91%)

A avaliação da população em relação a três importantes itens permaneceu pessimista, ou seja abaixo de 50 pontos (marco que simboliza a passagem para o otimismo em relação à conjuntura econômica):

Já a percepção da situação financeira atual das famílias e da situação financeira em relação ao passado, se manteve acima dos 50 pontos. 

  • inflação: 29,78 pontos
  • emprego: 38,50 pontos
  • situação econômica: 32,78 pontos 

Neste ano, o ICC-BH registrou um recuo de – 3,30% e, nos últimos doze meses, o ICC_BH registrou uma elevação de 1,93%. O Índice de Expectativa Econômica do País (IEE), por sua vez, subiu 6,26% em março, impulsionada, especialmente, pela melhora na percepção da população em relação à inflação.  

Já o Índice de Expectativa Financeira da Família (IEF) registrou uma queda de – 2,49% em relação a fevereiro deste ano. A redução se deu devido à queda na situação financeira da família atual, que teve variação negativa de 4,85% em março. A pretensão de compras também caiu e apresentou redução de 0,91% neste mês. 

Em relação aos bens e serviços que os consumidores planejam adquirir nos próximos três meses, o grupo de vestuários e calçados alcançou o topo da lista, com 14,67%, seguido por eletrodomésticos (12,44%) e móveis (10,67%).

Indicador de intenção de compra  

O Índice de Confiança do Consumidor é calculado todos os meses pela Fundação Ipead e contempla a perspectiva dos consumidores em relação a diversos aspectos econômicos, que podem afetar suas decisões de consumo. O ICC é um indicador importante para que empresários avaliem suas estratégias de vendas. 

Todos os elementos são apresentados em uma escala de 0 a 100, onde 0 denota um sentimento de pessimismo total e 100 um sentimento de otimismo total.  

A pesquisa é feita com base em dados coletados, de forma presencial, com 210 consumidores em BH. As entrevistas deste levantamento foram conduzidas entre 7/3 e 20/3. A margem de erro da amostra é de 1,56 pontos no valor do índice geral.

Fonte: Jornal O Tempo – caderno de Economia – Publicado por Redação em 27/03/2024.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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