Custo de vida aumenta em BH e cesta básica chega ao patamar de fevereiro

Levantamento mostra que o custo de vida na capital mineira aumentou no último mês, com o preço da cesta básica apresentando aumento depois de meses em queda

Ouvidoria da Copasa estará na Praça 7 nesta terça-feira (18/6) -  (crédito: Divulgação/Portal Belo Horizonte/Belotur/PBH)
O custo de vida em Belo Horizonte aumentou por uma série de fatores crédito: Divulgação/Portal Belo Horizonte/Belotur/PBH

Ter um estilo de vida confortável em Belo Horizonte está ficando cada vez mais difícil financeiramente. Nova pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG) mostra que o custo de vida na capital mineira aumentou no último mês. A alta da inflação e o preço da cesta básica são os responsáveis.

De acordo com a pesquisa, o custo de vida na Grande BH aumentou 1,23% em junho, comparado com o mês anterior e cerca de 5% desde o início de 2024. O valor é medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e constatou um aumento em comparação com junho de 2023, que registrou 0,35%. Nos últimos 12 meses, a alta foi de 6,97%.

Outro dado levantado é a inflação sentida por famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Medida pelo Índice de Preços ao Consumidos Amplo (IPCR), a inflação subiu 1,14%, enquanto no mês de maio aumentou 0,62%. De maneira acumulativa do último ano, a alta da inflação pelo IPCR foi de 5,43%. 

Para a Fundação, os preços dos planos de saúde, a tarifa de energia elétrica residencial e a taxa de condomínio residencial são fatores contribuintes para a alta da inflação, enquanto a queda dos preços do mamão e lasanha à bolonhesa, que integram a lista itens de alimentação, ajudam a conter a taxa.

Cesta básica em alta

No entanto, a realidade de preços dos alimentos não está em queda. No mês de junho, o preço da cesta básica sofreu um aumento de 2,13%, chegando ao preço de R$ 733,62. O valor apresentou queda por quatro meses, mas retornou ao mesmo patamar de fevereiro e é o maior preço em dois anos. 

Apesar de apresentar pequeno aumento em relação ao último mês, o valor representa 51,96% de um salário mínimo e R$ 50,80 a mais do que o mesmo período do ano passado — que, a título de comparação, equivalia a 51,73% do salário mínimo vigente na época. Em 12 meses, o custo da cesta básica teve alta cumultiva de 7,44%.

Para a Fundação, os principais itens responsáveis pela alta do custo da cesta são a batata inglesa, que teve aumento de 22,4% no preço durante o mês de junho e passando a custar R$ 10,37 o quilo; o tomate, que subiu 6,57% e custa R$ 9,42/kg; e o leite, que teve aumento de 5,53% e agora tem o preço médio de R$ 6,71/L. 

Dentre os produtos que diminuíram o preço, estão o feijão carioquinha, cujo preço caiu 9,24% e custa R$ 7,48/kg; a farinha de trigo, que reduziu em 5,92% e custa R$ 4,98/kg; e a manteiga, que baixou 2,05% o preço médio e está a cerca de R$59/kg. No entanto, como explica o Ipead, as maiores quedas foram menos intensas que as maiores elevações, o que mantém o caráter de aumento do custo da cesta básica.

Fonte: Jornal Estado de Minas – Caderno de Economia – Publicado em 09/07/2024 – Reportagem Giovanna de Souza.

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