Inflação sentida pelas famílias de 1 a 5 salários mínimos, captada pelo IPCR, subiu 0,26% em outubro
O custo de vida em Belo Horizonte encerrou outubro com alta. Dados divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) mostram que a inflação sentida pelas famílias de 1 a 5 salários mínimos, captada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCR) que pé calculado pelo IBGE todos os meses, subiu 0,26% em outubro. O preço da refeição fora de casa e do automóvel novo contribuíram para alta da inflação.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses pelo IPCA BH está em 6,78% e pelo IPCR está em 6,29%. Ainda segundo a a pesquisa conduzida pela Fundação Ipead revela que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte apresentou alta de 0,33% durante a segunda quadrissemana de novembro (período de 16 de outubro a 15 de novembro), desacelerando em relação à primeira semana de novembro.
No levantamento anterior (primeira quadrissemana de novembro), o IPCA havia apresentado alta de 0,42%. No decorrer deste ano, o IPCA da capital registra um aumento acumulado de 5,94%, enquanto nos últimos 12 meses a alta é de 6,78%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de BH, que considera os gastos das famílias com renda de até 5 salários mínimos, experimentou uma alta de 0,26% no período compreendido pela segunda quadrissemana de novembro (cada quadrissemana equivale aos últimos 30 dias anteriores), registrando queda em relação à 1a quadrissemana de novembro, quando o IPCR havia sido de 0,43%. No ano de 2023, o IPCR acumula crescimento de 5,05% e aumento nos últimos doze meses de 6,29%.
Principais variações no IPCA
Em termos de itens específicos, nesta quadrissemana, a variação positiva do IPCA está relacionada à alta do preço médio dos itens “refeição fora de casa”, “automóvel novo”, “aniversário (festas)” e “lanche”, com variações de, respectivamente, 2,89%, 1,47%, 5,26% e 2,97%.
Elevação do custo geral da alimentação continua perdendo força, mas “refeição fora de casa” mantem trajetória de alta. O grupo “alimentação”, como um todo, apresentou alta de 0,52% no custo médio na segunda medição de novembro, portanto desacelerando em relação à primeira semana (1,25%).
Esta desaceleração se explica pela queda do grupo “alimentação na residência” (-1,05% contra 0,57% na medição anterior). O subgrupo “alimentos industrializados” apresentou queda (-1,81% nesta quadrissemana contra 0,64% na anterior) e o subgrupo “alimentos em elaboração primária” também caiu: queda de 1,55% nesta quadrissemana.
Por outro lado, o subgrupo “alimentos in natura” teve crescimento de 3,05%. No ano, o subgrupo “alimentação na residência” acumula queda de 2,24%.
Fonte: Jornal Hoje em Dia Publicado em 20/11/2023 – caderno de Economia.