Apesar de apresentar os preços mais elevados, todos os cortes bovinos registraram queda frente a janeiro deste ano
O preço médio do quilo de carne em Belo Horizonte apresentou queda de até 20% no acumulado de 2023. É o que aponta o levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).
O estudo realizado a partir da pesquisa de inflação na Capital revela que todos os 18 itens de carnes e derivados que compõem o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentaram variação negativa na comparação entre a segunda quinzena de setembro e o início deste ano.
Entre os diferentes cortes de carnes, o Peito de frango e a Coxa e sobrecoxa foram os que registraram as quedas mais acentuadas, com reduções de 19,37% e 18,44%, respectivamente.
Além destes, outros destaques foram: Frango inteiro (-13,63%), Contra filé (-13,16%), Alcatra (-12,77), Patinho (-11,8%) e Asa congelada (-10,91%).
De acordo com o Ipead, as quedas de preço observadas este ano estão relacionadas a uma maior oferta de carnes no mercado interno e redução de preços dos insumos para a criação dos animais.
Carne bovina
Apesar de apresentar, em média, os valores mais elevados, o grupo de cortes de carne bovinas registrou queda de preço na comparação com o mês de janeiro.
O corte com a redução mais significativa foi o Contrafilé que passou de R$ 46,66 para R$ 40,52 por quilo na segunda quinzena do mês. Isso representa uma baixa de 13,66% frente ao primeiro mês do ano.
O Filé mignon, item com maior preço médio na pesquisa, teve seu preço reduzido em 4,4% no período. Em janeiro ele estava sendo comercializado por volta de R$ 61,43 na capital mineira e atualmente possui um valor médio de R$ 58,70.
Também foi possível observar quedas nos preços da Alcatra (-12,8%), que passou de R$ 45,42 para R$ 39,62, e do Patinho (-11,8%), de R$ 38,74 para R$ 34,17.
Variação acumulada
Na comparação com o mesmo período do ano passado é possível observar queda em quase todos os itens de carnes e derivados. A exceção foi a linguiça suína, com variação positiva de 2,4% no acumulado em 12 meses. Os destaques do comparativo foram o Peito de frango (-21,9%) e a Coxa e sobrecoxa (-20,4%).
A pesquisa do Ipead ainda revela que no comparativo entre a segunda quinzena de setembro e o mesmo período do mês anterior, seis cortes apresentaram alta de preço. São eles: Frango inteiro (3,66%), Peito de frango (2,39%), Linguiça (1,83%), Coxa e sobrecoxa (1,54%), Pernil suíno (0,81%) e Salsicha e salsichão (0,54%).
Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 22/09/2023, reportagem de Leonardo Leão.