Gasolina pressiona a inflação da Capital pelo segundo mês seguido

Novamente, a gasolina é a vilã da inflação na capital mineira.  Conforme dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte, a inflação avançou 0,75% em maio na comparação com o mês de abril. Apenas o combustível apresentou alta de 1,58%, registrando uma contribuição de 0,08 ponto percentual (p.p).

Os dados foram divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

Apesar da gasolina ter impulsionado a inflação na Capital no mês passado, outros itens ajudaram no aumento do custo de vida em maio. A tarifa de energia elétrica (2,25% e 0,07 p.p), Pão francês (6,53% e 0,05 p.p) e Mão de Obra (pedreiro, marceneiro e eletricista) (3,66% e 0,05 p.p).

Para o gerente de Pesquisa da Ipead/UFMG, Eduardo Antunes, a inflação ficou um pouco acima do esperado. “Já prevíamos que a gasolina puxaria a alta da inflação pelo segundo mês consecutivo. Além disso, viemos de um mês com pouca chuva, o que era previsto a elevação da tarifa de energia elétrica. Maio é um mês de alta, mas veio um pouco a mais do esperado devido ao momento diferenciado de que estamos vivendo”, salienta.

Mesmo com a alta acima do previsto, Antunes nega que haja um descontrole da inflação na capital mineira. “É um aumento muito pontual. Questões que se referem a gasolina, que já havia destacado na inflação do mês anterior, a energia elétrica, devido à falta de chuvas e o aumento do dólar, que acaba impactando na farinha de trigo importada. O crescimento em 12 meses foi de 8% no ano passado. Agora, estamos em 4%. Ainda temos que observar com cautela”, avalia.

Para junho, a expectativa é que o cenário seja um pouco melhor. “Acredito que não tenhamos uma alta tão significativa com a gasolina pressionando a inflação. Mas acredito que as tarifas públicas devam se manter”, opina.

Cesta – Em meio a essa alta dos preços, houve aumento também da cesta básica. Em abril foi de 0,83%, chegando ao valor de R$ 556,91. O valor da cesta em maio foi de R$ 557,35 equivalente a 50,67%. “Desde outubro do ano passado a cesta básica rompeu o patamar dos R$ 500 e não parou mais. O aumento foi grande puxado pelo pão francês”, disse.

O gerente de pesquisa da Ipead/UFMG, Eduardo Antunes, disse que a dica é pesquisar para economizar. “A regra é pesquisar bastante para conseguir o menor preço. Seja para os produtos da cesta básica, seja para a gasolina. O melhor preço pode fazer a diferença no fim do mês”, reforça.

Dia dos Namorados – Cerca de 31,90% das pessoas pretendem presentear no Dia dos Namorados, sendo esse percentual superior ao apurado nos dois últimos anos. Ao avaliar somente as pessoas que pretendem presentear, o valor médio dos presentes a serem adquiridos aumentou 6,16% em 2021 ao ser comparado com o ano passado, subindo de R$ 99,12 para R$ 105,22 neste ano.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 02/06/2021 por Gabriela Sales – caderno de Economia.




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