Custo de vida em BH cai pela primeira vez em nove meses

Calculado pela Fundação Ipead/UFMG, o IPCA da capital mineira registrou queda de 0,17% em fevereiro em relação a janeiro. Redução nos preços dos produtos de vestuário contribuiu para a deflação

O custo de vida em Belo Horizonte caiu pela primeira vez em nove meses. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da capital mineira diminuiu 0,17% em fevereiro em relação a janeiro. A última queda havia sido registrada em abril de 2019, quando o índice retraiu 0,07%.

Porém, o IPCA da cidade acumula alta de 1,09% no ano e de 4,68% nos últimos 12 meses. O índice de inflação de BH foi divulgado nesta terça-feira pela Fundação Ipead/UFMG, e mede a variação dos gastos das famílias com renda entre um e 40 salários-mínimos. 

A queda nos preços dos produtos de vestuário, de 3,22%, foi uma das principais responsáveis pela desaceleração da inflação em BH em fevereiro. Já os preços dos alimentos de elaboração primária, que incluem carnes ovos, caíram 1,41%. Os custos com despesas pessoais também registraram queda em fevereiro, de 0,48%.

Entre os produtos e serviços, a energia elétrica foi o item que mais contribuiu para a deflação, com queda de 2,33% no mês. Já o que teve a maior variação negativa foram os ingressos para jogos, com redução de 19,63%.

Por outro lado, os custos dos alimentos in natura subiram 7,65% em fevereiro. Já os preços das bebidas em bares e restaurantes registraram alta de 2,48% no mês. Outro grupo de produtos que ficou mais caro em fevereiro foi o de alimentos industrializados, com alta de 0,88%.

Entre os itens que compõem o índice, o que teve a maior variação nos preços foi o tomate, com alta de 43,95%. O encarecimento do tomate e o de outros produtos representou alta de 1,26% no custo da cesta básica em Belo Horizonte. O item que mais pressionou a inflação foi a contratação de empregado doméstico, que teve alta de 0,58%.

Confiança do consumidor

A Fundação Ipead também divulgou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de BH. Em fevereiro, o índice apresentou a segunda alta consecutiva, de 1,55%, alcançando 39,25 pontos. Como está abaixo dos 50 pontos, o número indica pessimismo do consumidor. Para calcular o ICC, o Ipead entrevista mensalmente 210 consumidores da capital. O indicador é composto de dois outros valores: o Índice de Expectativa Econômica (IEE) e o Índice de Expectativa Financeira (IEF). 

O IEE teve alta de 0,7% em fevereiro e avalia a opinião do consumidor sobre a situação econômica do país, a inflação e o emprego. A avaliação do emprego subiu 11,32% no mês, mas a opinião dos consumidores sobre a situação econômica do país caiu 9,25%.

Já o IEF apresentou elevação de 2,08% no mês. O índice representa a avaliação do consumidor sobre a situação financeira da família atual e em comparação com a passada, além da pretensão de compra. A situação financeira da família em relação ao passado foi a questão que mais contribuiu para a alta do IEF, com alta de 4,14%.

Fonte: Jornal Estado de Minas – Publicado por Felipe Quintella em 03/03/2020.


Posted in Cesta Básica, ICC - BH, IPC, Tarifas Bancárias, Taxa de Juros and tagged .

Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

View posts by Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD - ipead@ipead.face.ufmg.br