Pior nível de inflação desde 2016

Em novembro, índice na capital ficou em 0,48%, com acumulado de 4,10% no ano

Puxado pelo aumento nos preços de turismo, energia elétrica e alimentação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte registrou o maior nível para novembro desde 2016, com alta de 0,48% neste mês em comparação com o anterior. No ano passado, o percentual foi de 0,38% para o mesmo período. Contudo, no acumulado do ano, a inflação na capital mineira está dentro do previsto pelo Banco Central, registrando 4,10% em 2019, ante meta definida pelo governo de 4,25% para todo o ano.

As informações, divulgadas ontem, são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipead), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O aumento na energia elétrica, que acumula 14,17% até novembro de 2019, foi o principal vilão da inflação na capital, seguido pelo encarecimento nos pacotes de viagens e excursões, que registraram alta de 5,24% entre outubro e novembro. 

Além disso, a pressão sobre os preços da carne bovina, exercida pela alta demanda do mercado externo e interno, também foi captada na sondagem, com avanço de 15% no custo nos últimos 12 meses. Os reais impactos do encarecimento do produto, contudo, só devem ser sentidos nas medições de dezembro, o que significa que a inflação para a carne bovina será ainda maior no acumulado total de 2019.

Com isso, a alimentação ficou mais cara dentro e fora de casa. Para almoçar na residência, os belo-horizontinos pagaram ao longo de novembro 0,74% mais caro do que no mês anterior. Em restaurantes, a alta foi de 1,34% no período. 

Segundo Thaize Martins, coordenadora de pesquisas da Ipead, apesar da alta expressiva registrada em novembro, a inflação está controlada. “Esse índice trouxe, no acumulado do ano, um resultado dentro da meta prevista pelo Banco Central, e a expectativa é que fecharemos o último mês do ano dentro do esperado”, afirma.

Confiança. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) medido pela Ipead demonstrou que, em 2019, a percepção da população da capital sobre a economia está pior do que em 2018, tendo passado de 39,42 pontos para 39,08 pontos. Abaixo de 50, como registrado ao longo deste ano, é considerado pessimismo. 

Natal. Apesar da leve retomada econômica observada em 2019, as compras de Natal neste ano em Belo Horizonte devem registrar volumes parecidos aos do ano passado, com 62,38% dos consumidores pretendendo adquirir presentes neste ano, ante 63,33% de intenção em 2018. A informação foi divulgada ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O valor médio que deve ser gasto em presentes de Natal neste ano, de R$ 83,97, segue em patamar parecido desde 2016. No ano passado, o tiquete médio para a data foi de R$ 82,32 e, em 2017, R$ 85,73. Além disso, segundo a pesquisa, 46% dos consumidores afirmaram que devem gastar o mesmo valor que o do Natal passado.

Fonte: Jornal O Tempo – Publicado em 03/12/2019 por Lucas Negrisoli.

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