Imóveis em promoção: construtoras se antecipam à Black Friday e prometem descontos de até 20%

A uma semana da genuína sexta-feira da Black Friday, construtoras de Belo Horizonte já investem em ações apostando no período para atrair clientes com promoções que vão desde descontos de até 20%, isenção de taxas e extensão do parcelamento do imóvel, além do transporte dos consumidores aos pontos de venda.

A MRV Engenharia fechou uma parceria com a Uber e os consumidores interessados podem solicitar pelo site da construtora um voucher para visitar um dos dois pontos de venda que estarão disponíveis amanhã na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um em Contagem e outro em Ribeirão das Neves. 

Além de isentar de custos para visitar os estandes, a empresa oferecerá descontos no preço do imóvel a partir do valor do 13º do cliente (limitado a R$ 3 mil), um ano de condomínio grátis em alguns casos e parcelamento em até 72 vezes na entrada. “Independente da data, já atravessamos um momento de melhor taxa de juros do mercado, os bancos estão em uma disputa acirrada, nunca se viu oportunidade com financiamento tão barato”, garante Rodrigo Maia, gestor de vendas da MRV. 

Ele destaca uma alta significativa na procura por financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e espera receber entre 500 e mil clientes nos dois pontos de venda da empresa ao longo do dia amanhã.

Já a construtora Direcional começa hoje uma ação que vai até domingo no Shopping Del Rey, em que comercializará apartamentos do programa “Minha Casa, Minha Vida” e imóveis médio padrão, em que os clientes ganham automaticamente um carro, uma moto, descontos de R$ 20 mil ou até seis meses de parcelamento. Quem comprar um apartamento nesse período também participará de um concurso nacional que sorteará três carros Fiat Mobi.

A Tenda começou a oferecer nessa quinta uma promoção que vai até 2 de dezembro, com a possibilidade de parcelar a entrada em até 60 vezes, além de isenção do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para a compra dos imóveis que custam cerca de R$ 130 mil. Os apartamentos podem ter ainda descontos de até R$ 26 mil (ou 20%) pelo Programa “Minha Casa, Minha Vida”, de acordo com a renda familiar. 

“Estamos vendo a recuperação do setor da construção civil, depois de um longo período de crise”, explica Thaize Martins, coordenadora de pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). “Fazer um financiamento agora está em um melhor momento do que já esteve recentemente”, conclui a coordenadora, que, além da taxa de juros, atribui o otimismo aos saques do FGTS. 

Thaize, no entanto faz algumas ressalvas aos compradores, para se certificarem se as condições de pagamento se encaixam na própria renda. “Não devem se deixar levar pelo impulso, é importante quem for adquirir o imóvel já tenha um planejamento anterior para que possa comparar se o preço está efetivamente melhor, pode haver redução de porcentagem mas o valor ser igual ao de outro imóvel similar em preço normal”.

Oportunidade por futura escassez

“É um bom momento de comprar imóvel, com as dificuldades que estão pela frente, vai faltar imóvel no meio do ano que vem e os apartamentos vão ficar mais caros”, analisa Geraldo Linhares, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). 

A previsão do presidente do Sinduscon-MG se deve a alguns fatores, que ele atribui ao Plano Diretor de Belo Horizonte, por não atender às demandas da construção civil e impedir novos empreendimentos nas proximidades da avenida do Contorno, e ausência de planejamento de política habitacional para o ano que vem, especificamente o “Minha Casa, Minha Vida”, que corresponde a 70% do mercado imobiliário no Brasil. 

De acordo com ele, o aumento de 27,4% de vendas de imóveis em BH e Nova Lima, registrado pelo Sinduscon-MG em setembro, comparado a agosto, se deve mais a imóveis industriais e de alto padrão, e recomenda a aquisição de apartamentos agora para todos os segmentos. “Com os juros baixos, imóveis de mais de R$ 800 mil estão com uma rentabilidade muito superior a qualquer outro investimento financeiro”.

Fonte: Jornal Hoje em Dia – Publicado em 22/11/2019 por Bernardo Almeida.

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