Registrando alta de 5,5% em 2018 no comparativo com 2017, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) mostra que os consumidores de Belo Horizonte estão menos pessimistas. Segundo o Ipead/UFMG, o ICC chegou a 39,42 pontos em dezembro de 2018. Apesar da melhora, como o valor encontra-se abaixo de 50, ainda mostra pessimismo. Na passagem de novembro para dezembro, o indicador subiu 2,66%.
Um dos fatores apontados como responsável pela melhora é o chamado efeito eleição, ou seja, com a mudança do governo houve aumento da confiança do consumidor. “O ano de 2018 mostrou uma recuperação gradativa do humor dos consumidores, fechando o mês de dezembro com o maior índice dos últimos 46 meses, desde março/2015 não era observado um valor superior a 39 pontos”, aponta a pesquisa.
De acordo com o levantamento, pior percepção do consumidor é quanto a emprego, que atingiu 25,42 pontos. Também foi registrado pessimismo quanto à inflação (31,01); situação econômica do país (31,13) e pretensão de compra (43,10). Mas os consumidores demonstram certo otimismo quanto à situação financeira da família em relação ao passado (51,13) e situação financeira da família (56,37).
Segundo a coordenadora de pesquisa da Ipead/UFMG, Thaize Martins, o comportamento de pretensão de compra do consumidor mostra uma mudança radical quanto ao apresentado antes da crise. “Nem o Natal conseguiu mudar muito o quadro”, disse.
Juros – A pesquisa sobre taxas de juros praticadas em Belo Horizonte mostra retração em alguns itens ao longo do ano. Ainda assim, os valores continuam em patamares elevados. Isso ocorre mesmo com a taxa Selic ter fechado o ano em 6,5%, ou seja, o mais baixo da série histórica.
Como comparação, Thaize Martins aponta que, enquanto a Selic está em 6,5% ao ano, a taxa para o cartão de crédito ficou em 292,53% no ano; e, a do cheque especial, em 346,99% ao ano. “O consumidor deve evitar contrair essas dívidas”, reforça a especialista.
