BH inicia ano com inflação em alta puxada por serviços de turismo e aumento da tarifa de ônibus

Pesquisa da Ipead/UFMG leva em conta período entre dezembro e janeiro e serve como prévia da inflação do primeiro mês de 2025

A inflação de Belo Horizonte apresentou alta de 1,51% na segunda quadrissemana de janeiro de 2025. O período engloba as duas últimas semanas de dezembro e as duas primeiras de janeiro e é uma prévia da inflação de janeiro deste ano. O cálculo foi feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG, e divulgado nesta terça-feira (21).

Apesar do aumento no custo de vida, a inflação apresentou desaceleração em comparação à alta de 1,61% registrada na segunda quadrissemana de janeiro de 2024.

Entre os itens que mais puxaram a inflação para cima estão os produtos e serviços relacionados às excursões (17,59%), como os pacotes de viagens, as tarifas de ônibus urbano (4,90%) e os custos com empregados domésticos (3,75%). Em alguns casos, o aumento no preço do ônibus em BH chegou a 10%. De acordo com Diogo Santos, economista do Ipead, esse aumento da inflação já é esperado por conta dos reajustes de início de ano. 

“Temos muitos aumentos de impostos e também tivemos o aumento do salário mínimo, que acabou impactando diretamente no custo dos empregados domésticos”, diz. O novo salário mínimo de R$ 1.518 entrou em vigor no dia 1º de janeiro. O aumento foi de 7,5%, uma diferença de R$ 106 em relação ao valor de 2024, de R$ 1.412. 

Já os custos com curso superior (- 4,51%) e com a gasolina (- 1,13%) tiveram queda e foram responsáveis por ajudar a conter a inflação. “Também podemos citar o preço da conta de luz, que caiu em dezembro. É um item importante da cesta e cuja redução impacta na inflação”, analisa.

Alimentação ficou mais cara

O levantamento do Ipead/UFMG também mostra que houve alta na alimentação na residência (1,34%) e na alimentação fora de casa (2,52%). Entre os itens que compõem a alimentação nas residências, foi registrado aumento de 3,38% nos preços dos produtos in natura, primeira alta em muitas semanas, e dos alimentos industrializados, com alta de 1,67%.

“Os produtos de sacolão estavam ajudando a segurar a inflação nos últimos tempos e agora voltaram a subir. Acredito que a escassez de produtos no mercado seja responsável pela alta. O que traz alívio é o preço da carne, que teve leve queda. Com mais chuvas, os alimentos ficam mais abundantes para os rebanhos e a valor do produto diminui.”

Fonte: Jornal O Tempo – caderno de Economia – Publicado em 21/01/2025 – Reportagem Rodrigo Oliveira. 

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