De acordo com pesquisa do Ipead, maioria dos alimentos mais procurados subiu de preço em relação ao ano passado
A polêmica uva-passa ganhou mais um motivo para entrar na lista de preocupações de quem vai preparar a ceia de Natal. Não bastasse saber se a maioria gosta ou não de inclui-la no arroz e na farofa, este ano o preço promete fazer a cozinheira ou o chef repensar a inclusão do ingrediente, que está 27% mais caro na comparação com 2023.
E não é só a uva-passa. De acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas (Ipead), da UFMG, a maioria dos alimentos mais procurados subiu de preço em 2024 na capital.
Dos 26 produtos pesquisados, 18 tiveram aumento – 12 deles acima da inflação acumulada em 12 meses.
Seis tiveram alta acima de 20%: uva-passa (27,60%), lombo suíno (27,51%), espumante (26,93%), pernil suíno (24,02%), gelatina (22,76%) e azeite (21,59%). Dos sete produtos que tiveram queda de preço, o panetone apresentou a maior queda (-11,74%).
“De modo geral, o crescimento econômico mais forte deste ano, associado à queda do desemprego e elevação da massa salarial, gera uma maior demanda das famílias em busca de diversificar sua alimentação. No final de ano é um momento particularmente importante para essa diversificação, por conta das festividades e tradições. Assim, o preço dos itens de alimentos típicos dessa época do ano também tende a aumentar em relação ao ano anterior”, detalha Diogo Santos, economista do Ipead.
Além disso, destaca o economista, itens que possuem uma proporção maior de importação, como uva-passa e espumantes, estão sofrendo pressão no preço devido à desvalorização cambial.