Pesquisa da UFMG identificou que 26% da população da capital afirmou que vai às compras na data, ao passo que 25,5% ainda não definiu se fará algum gasto
A Black Friday chegou. Nesta sexta-feira (29), lojistas de todo o Brasil oferecem descontos e vantagens para os consumidores. Mas qual a lista de compras dos moradores de BH? Uma pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) identificou quais produtos encabeçam a lista de desejos dos belo-horizontinos.
O estudo identificou que 26% da população da capital afirmou que vai às compras na data, ao passo que 25,5% ainda não definiu se fará algum gasto. Por outro lado, 48,4% garantiram que não pretendem adquirir produtos na Black Friday. As mulheres vão gastar mais que os homens na capital, conforme o levantamento. No público feminino, o percentual apurado foi de 30,43%, ante aos 21,15% do sexo oposto.
O economista do Ipead, Diogo Santos, afirmou que os resultados da pesquisa mostram que a Black Friday, apesar de importante, está longe de alcançar outras datas importantes para o comércio. “Tem outras 5 datas que vêm à frente da Black Friday quando se considera o percentual das pessoas que pretendem comprar algo nessa data especial. Essas outras datas são o Natal, o dia das mães, o dia dos pais, o dia das crianças e o dia dos namorados”, detalhou.
Santos citou que todas as datas têm apelos afetivos, o que aumenta a necessidade de compra de um presente. “A Black Friday não tem esse apelo afetivo, mas ainda assim é uma data que reforça a ida das famílias, das pessoas, dos consumidores, às compras e portanto demonstra também que neste ano, que é um ano de crescimento econômico, de redução do desemprego, de aumento da massa salarial, a Black Friday tende a ser uma data importante, mais importante do que foi no ano anterior”, complementou.
Os resultados, na avaliação do economista, têm demonstrado que o consumidor está cauteloso em relação a assumir novas dívidas, a fazer compromissos mais longos, como por exemplo financiamentos ou compras parceladas no cartão de crédito. “O que demonstra que ainda existe uma certa cautela que também decorre de um período de muito endividamento que as famílias enfrentaram ao longo dos últimos anos”, finalizou Diogo.
A lista de compras vai de roupas a passagens aéreas; veja abaixo.
- Roupas, calçados e acessórios (relógio, jóias, bijuterias) – 38,60%;
- Eletrônicos (TV, videogame, smartphone) – 36,84%;
- Beleza e perfumaria (cremes, maquiagem) – 22,81%;
- Eletrodomésticos (máquina de lavar, airfryer, geladeira) – 14,04%;
- Brinquedos em geral – 12,28%;
- Móveis (guarda-roupa, cama, sofá, mesa de jantar) – 10,53%;
- Informática (Notebook, computador) – 8,77%;
- Outros – 5,26%;
- Viagens (Pacotes, passagens aéreas, etc) – 3,51%.
Fonte: Jornal O Tempo – caderno de Economia – Publicado por Simon Nascimento em 28/11/2024.