O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte registrou elevação de 0,47% na terceira prévia de outubro de 2024, desacelerando levemente em relação ao resultado da quadrissemana anterior, quando o indicador apresentou alta de 0,48%, conforme pesquisa divulgada nesta quinta-feira (24) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).
De acordo com a fundação, o resultado mostra que a inflação praticamente manteve o ritmo de crescimento entre os dois períodos. No decorrer deste ano, o IPCA, que abrange famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, contabilizou um aumento acumuladode 6,70%.
Nos últimos doze meses a alta é de 7,50%. Na comparação com igual período do ano anterior, houve desaceleração, pois o IPCA havia registrado alta de 0,58% na terceira quadrissemana de outubro de 2023.
O levantamento mostra que o grupo alimentação, como um todo, registrou aumento de 1,67% no custo médio na terceira quadrissemana de outubro, desacelerando em relação à quadrissemana anterior (1,79%). Esse resultado ocorreu tanto pelo movimento da alimentação na residência (2,45%) quanto da alimentação fora da residência (0,71%).
O grupo produtos não alimentares apresentou variação de 0,21%, resultado ocorreu devido às altas de preços médios de todos os seus subgrupos: produtos administrados (0,49%), pessoais (0,12%) e habitação (0,09%).
De acordo com a pesquisa da Fundação Ipead, considerando os produtos/serviços específicos que se destacaram neste período, os maiores aumentos foram verificados para laranja pêra (16,64%), gás GLP (4,29%) e tarifa de energia elétrica residencial (2,67%). Já as principais quedas de preços médios foram contabilizadas pelo mamão (-23,78%), tapete (-7,75%) e vidro (-5,10%).
Levando em conta a importância relativa de cada produto e serviço na composição do IPCA, as maiores contribuições para a alta da inflação foram tarifa de energia elétrica residencial, com contribuição de 0,08 ponto percentual (p.p.), além de excursões (0,06 p.p.) e gás GLP (0,04 p.p.). Já as maiores contribuições para segurar a inflação na capital nessa quadrissemana foram do dentista (-0,04 p.p.), tapete (-0,03 p.p.) e mamão (-0,02 p.p.).
Índice de Preços ao Consumidor Restrito tem alta
Outro indicador divulgado pela Fundação Ipead, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte, que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou alta de 0,81% na terceira prévia de outubro, acelerando em comparação à prévia anterior em que houve elevação de 0,76%.
Neste ano, o IPCR acumula crescimento de 6,76% e, nos últimos doze meses, experimentou elevação de 7,47%. No mesmo período do ano anterior, o aumento do IPCR havia sido menor (0,65%).
O IPCR é um índice que difere do IPCA devido às diferentes ponderações (pesos) atribuídas a cada bem e serviço nos orçamentos familiares. Consequentemente, as variações de preços afetam o IPCR de maneira distinta.
O maior aumento verificado pela pesquisa foi de 4,25% nos preços de alimentos em elaboração primária, componente do subgrupo alimentação na residência. Destaca-se a única queda de 0,09% do item bebidas em bares e restaurantes.
O grupo produtos não alimentares apresentou alta (0,45%), contribuindo com 0,35 p.p.. O item produtos administrados (0,73%) foi o que mais subiu em comparação com a quadrissemana anterior.