A expectativa é que o valor médio dos presentes seja da ordem de R$ 120,12
O Dia das Mães deste ano deve ser tão aquecido quanto o de 2023 para o comércio da capital mineira, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). Dentre os consumidores que pretendem presentear, o valor médio dos presentes a serem adquiridos será de R$ 120,12, o que indica aumento de 2,64% em relação ao tíquete médio apurado no ano passado.
O economista do Ipead, Diogo dos Santos, destaca que o Dia das Mães é uma data com apelo emocional muito forte, o que faz com que, mesmo com a pretensão de gastar menos, as pessoas acabem indo às compras. “Esperamos que os negócios realizados em 2024 se mantenham estáveis quando comprados com o ano anterior. Mas ainda é cedo para afirmar que será melhor ou pior, mas sempre contamos com o apelo emocional que a data possui”, avaliou.
Além do valor médio dos presentes, a pesquisa também mostrou que 70,54% dos entrevistados pretendem comprar presentes que podem chegar a R$ 150. A faixa de preço de R$ 51 a R$ 100 foi a mais citada por 32,56% dos consumidores que pretendem presentear no segundo domingo de maio. Poucos consumidores ainda estão indecisos sobre o valor que pretendem gastar com o(s) presentes(s), algo em torno de 4,65%.
Segundo o economista, os setores que se mantiveram com boas vendas no ano anterior deverão se manter agora em 2024. “Os segmentos de cosméticos, acessórios e vestuário foram os mais citados e deverão ser os principais produtos consumidos neste Dia das Mães”, enumerou.
No comparativo com o ano anterior, a disposição dos consumidores de comprar presentes com valor igual ou superior para comemorar a data, que será no próximo dia 12 de maio, também aumentou. E houve redução na disposição de adquirir presentes com valores menores aos comprados em 2023.
Do total dos entrevistados, 60,85% pretendem presentear a mãe ou pessoa próxima, o que representa queda de 1,7% em relação a 2023. Este patamar mantém a recuperação ocorrida após a pandemia, mas ainda não alcança o patamar pré-crise sanitária (2019).
Foi observado aumento do número de pessoas que afirmaram pretender gastar um valor igual (de 44,44% para 48,78%). E queda de 17,46% para 13,82% das pessoas que pretendem gastar menos que no exercício passado.
Destaca-se ainda que, pelo segundo ano seguido, a parcela de pessoas que afirmam que gastarão mais com o presente, em comparação ao gasto no ano anterior, ficou acima de 30%. O ponto negativo é que essa parcela, isto é, os que afirmam pretender gastar mais do que o valor gasto no ano anterior, sofreu redução de 33,33% para 30,89%, entre 2023 e 2024.
Com relação ao tipo de presente a ser escolhido, 27,91% dos entrevistados pretendem comprar cosméticos/produtos de Beleza (perfume, sabonetes, hidratantes), seguido por roupas (camisas, calças) (23,26%) e acessórios (Bolsas, relógios, cintos, óculos de sol) (21,71%).
A compra presencial foi citada como a forma principal e exclusiva para a aquisição dos presentes para o Dia das Mães (57,36% dos entrevistados). “Este fator é importante, pois reforça o impacto positivo sobre o comércio da Capital, e com isso os comerciantes devem investir em estratégias para atrair os consumidores”, disse Santos.
O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG), Gilson Machado, reforça que o Dia das Mães promete um tíquete médio mais elevado, da ordem de R$189,61, com 10% de crescimento em relação ao último ano, tornando uma excelente oportunidade para o empresário aumentar o fluxo de dinheiro em caixa.
“A melhoria de indicadores econômicos, como o mercado de trabalho mais aquecido, o aumento dos rendimentos reais e a taxa básica de juros desacelerando, traz mais otimismo com as compras para a data, o que leva os consumidores a manifestarem interesse em gastar mais, ou pelo menos, o mesmo valor do último ano”, comparou.
Outro ponto destacado por ele é a busca de comodidade por parte dos consumidores. “Hoje percebemos que cerca de 40% deles estão buscando por comodidade e dispostos a fazer suas compras no comércio local, mais próximo das suas residências”, salientou Machado.