Custo de vida mantém trajetória de desaceleração em Belo Horizonte

Dentre os fatores está a redução da tarifa de ônibus urbano para R$ 4,50 e dos preços de automóveis novos

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A tarifa de energia elétrica residencial foi um dos fatores que impediram uma maior desaceleração da inflação | Crédito: Adobe Stock / Igreja São José

Pesquisa recente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) revela que a inflação em Belo Horizonte desacelerou na segunda quadrissemana de julho, registrando um crescimento de apenas 0,03%. Esse resultado pode ser atribuído a fatores como a redução dos preços de automóveis novos, que teve um impacto significativo no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) durante o período.

A tarifa de ônibus urbano também contribuiu para a desaceleração da inflação, com uma redução de preço para R$ 4,50, apontam os números. Por outro lado, o grupo de itens pessoais continuou apresentando alta de preços, o que pode ter contrabalanceado a queda da inflação.

No acumulado de 2023, o IPCA da capital mineira registra uma alta de 4,91%, enquanto nos últimos doze meses esse índice fica em 4,72%. No entanto, é importante destacar que a inflação para famílias com renda de até 5 salários mínimos apresentou uma queda expressiva de 0,18% na segunda quadrissemana de julho. Essa redução, aliás, ocorre pela primeira vez desde abril deste ano. Desde então, esse grupo vem registrando desaceleração no Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR).

Quais setores impulsionaram recuo do indicador na Capital?

A desaceleração da inflação em BH foi impulsionada pelos setores de alimentação, habitação e produtos administrados. O grupo de alimentação como um todo apresentou uma queda de 0,47% em comparação com o mês anterior. O subgrupo de bebidas em bares e restaurantes foi o responsável pela maior redução, com uma queda de 3,64%.

O grupo de habitação, que engloba itens como encargos e manutenção, também registrou uma queda de 0,08% nesse período. Além disso, o grupo de produtos administrados apresentou baixa de 0,04%, impulsionada principalmente pela redução da tarifa de ônibus urbano em 5,58%.

Por outro lado, os setores de vestuário e saúde apresentaram aumentos significativos de 2,42% e 1,68%, respectivamente. Este último influenciado pelo reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos planos de saúde individuais.

Fonte: Jornal Diário do Comércio/ Economia – Publicado em 20/07/2023 por Dione Alves.

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