Após meses de queda, Índice de Confiança do Consumidor de BH volta a subir

População da capital mineira está mais otimista com a situação econômica do país e com a possibilidade de queda da inflação
Pesquisa aponta que a população de BH voltou a planejar a compra de itens mais caros, como os veículos - Foto: Alexandre Nascimento / O Tempo
Pesquisa aponta que a população de BH voltou a planejar a compra de itens mais caros, como os veículos — Foto: Alexandre Nascimento / O Tempo

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte subiu 4,56% em junho, na comparação com maio, e atingiu o nível de 41,10 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100, segundo cálculo do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). No ano de 2023, o índice acumula queda de 6,13%, mas totaliza alta de 15,90% nos últimos doze meses.

De acordo com o levantamento, a população da capital mineira está mais otimista em relação à situação econômica do país, apostando na queda da inflação e desejando fazer mais compras. Enquanto isso, houve um pessimismo maior em relação aos empregos.

“O que mais chama a atenção no índice de confiança do consumidor de Belo Horizonte neste mês de junho é a reversão da tendência de queda do índice, que ocorreu nos três meses anteriores. Foi uma queda expressiva e agora o índice voltou a crescer. Ainda está na faixa que nós podemos considerar pessimista, ou seja, abaixo dos 50 pontos, numa escala de 0 a 100. Mesmo assim, é uma mudança importante, porque a tendência anterior era de queda. E o que mais ajuda a explicar porque esse índice cresceu agora é a melhora na percepção das famílias com a situação econômica do país e com a inflação”, explica o consultor de economia do Ipead, Diogo Santos.

A pesquisa realizada pelo Ipead também traz informações sobre os grupos de bens e serviços que os consumidores pretendem adquirir nos próximos três meses. As roupas e os calçados são os itens mais desejados (18,10%), seguidos por veículos (12,38%) e viagens (7,14%).

“Também diferente dos meses anteriores, um bem de maior valor passou a estar entre os itens com maior pretensão de compra. É o caso dos veículos, que agora atingiram o patamar de 12% de intenção de compra, o maior desde outubro de 2014”, afirma o economista.

A pesquisa também mostrou que a porcentagem de mulheres (76,15%) com pretensão de compra nos próximos meses é bem maior do que a de homens (68,31%). Os itens mais citados por elas na pesquisa foram roupas, calçados e viagens, enquanto eles desejam comprar veículos, roupas e calçados.

Fonte: Jornal O Tempo – Publicado em 29/06/2023 por Alexandre Nascimento.

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