IPCA registra alta de 1,24% em Belo Horizonte no mês passado

Inflação acumulada na Capital no primeiro trimestre chegou a 3,79% e, nos últimos 12 meses, a 6,49%

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Aliss018:Ônibus20 Alisson J. Silva 20/09/07

A inflação voltou a crescer em Belo Horizonte em março. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 1,24% no mês passado na capital mineira, elevando a inflação acumulada no primeiro trimestre de 2022 para 3,79% e para 6,49% nos últimos 12 meses.

A iminência de um reajuste das passagens de ônibus na cidade pode pressionar ainda mais os preços nos próximos meses. Caso o reajuste de 53% pleiteado pelas empresas seja efetivado, causará sérios impactos ao orçamento do consumidor belo-horizontino, especialmente o restrito, que inclui famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos.

De acordo com o gerente de Pesquisa do Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), Eduardo Antunes, já o impacto na inflação geral da cidade será de mais 3,6%, dado o peso de quase 7% do índice na categoria de transporte, comunicação, energia elétrica, combustíveis, água e IPTU.

“Se em 12 meses acumulamos 6,5%, com o reajuste de R$ 4,50 para R$ 6,90 teremos metade disso de uma única vez. Sabemos que a faixa de renda de consumidores restritos depende muito do transporte público e o orçamento não está preparado para uma pressão dessas. A tarifa está estagnada há cinco anos por subsídio da prefeitura e a população não consegue absorver a recomposição de uma hora para outra”, argumenta.

Em relação aos preços de março, gasolina comum, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), energia elétrica, seguro voluntário de veículos e excursões estão entre as principais contribuições para a elevação. Na outra ponta, gastos com telefonia fixa e internet, material hidráulico, maçã gala, hospitalização/cirurgia e cabeleireiro.

Os dados divulgados pelo Ipead indicam ainda que entre os grupos avaliados houve alta de 2,52% em produtos administrados, 1,56% em gastos pessoais, 0,09% em alimentação fora da residência, estabilidade em habitação e -0,25% em alimentação na residência.

“Todos os destaques foram itens não alimentares, como gasolina, IPVA e energia. O índice foi bem elevado para o mês, por se tratar de produtos relevantes para a composição da cesta”, diz.

Contribuições para a inflação em Belo Horizonte

Entre os produtos, as cinco maiores contribuições para a alta do IPCA vieram de: assinatura de gasolina, com variação positiva de 7,72%; IPVA, 40,72%; energia elétrica, 8,56%; seguro voluntário de veículos, 7,57%; e excursões, com elevação de 4,91%.

Entre as quedas, destaque para assinatura de telefonia fixa e internet, cujo recuo foi de 9,60%; torneira, cano e material hidráulico, -14,39%; maçã gala -21,17%; hospitalização / cirurgia, -12,84% e cabeleireiro, com queda de 4,18%.

Cai o preço da Cesta básica

O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação, voltou a cair em março. A variação negativa foi de 0,20% entre fevereiro e março e o valor chegou a R$ 697,62, o equivalente a 53,58% do salário mínimo.

Conforme o Ipead, os principais responsáveis pela baixa foram a batata inglesa (-12,88%), o óleo de soja (-7,63%) e a banana caturra (2,23%). As maiores altas foram observadas para o feijão carioquinha (6,52%) e o tomate (1,65%).

No ano, a cesta básica está 1,95% mais em conta e nos últimos 12 meses há variação positiva de 0,32%.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 06/04/2023 por Mara Bianchetti

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