Aulas presenciais: 62,5% dos consumidores reutilizarão material escolar em BH

Utilizar o material do ano anterior é a estratégia mais citada para economizar, segundo pesquisa da Fundação IPEAD

Após dois anos com aulas majoritariamente remotas devido à pandemia, 69,5% dos consumidores não pretendem comprar material escolar em Belo Horizonte para este ano letivo. A intenção de compra aumentou, em relação a 2020, mas ainda é menor do que os patamares anteriores à crise sanitária. De olho no bolso, 62,5% dos consumidores que irão às compras afirmam que reutilizarão parte do material do ano anterior para economizar. 

Segundo pesquisa da Fundação IPEAD, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada nesta sexta-feira (28), 30,4% das famílias da capital comprarão material escolar — em janeiro de 2020, eram 42,3%, patamar similar ao dos anos anteriores. O gerente de pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes, avalia que a queda reflete a economia com material durante a pandemia e resquícios de insegurança sobre a manutenção das aulas presenciais.

“Muitas famílias ainda devem ter material do último ano e gastarão menos com isso do que quando precisam de uma reposição mais severa. Talvez isso volte à normalidade no ano que vem”, pondera o pesquisador. Entre os consumidores que pretendem comprar material, quase 86% afirmaram que adotarão estratégias para economizar. 

A principal estratégia neste ano, como em 2021, será a reutilização do material. “Para mim, a pesquisa de preço seria a principal estratégia, mas novamente o reaproveitamento está em primeiro lugar. Era uma tendência que já era grande, mas assumiu esse patamar desde o ano passado”, pontua Antunes. Nesta semana, pesquisa do Mercado Mineiro revelou o aumento do material escolar desde o início da pandemia, que pode chegar a 74% por um caderno, por exemplo. Ainda assim, comerciantes afirmam que têm achatado sua margem de lucro a fim de não repassar altas ao consumidor.

Adquirir livros e apostilas usados é a quarta opção mais citada e deve ser utilizada por 45,3% dos consumidores. Por outro lado, lojistas apontam que a adoção cada vez maior de apostilas de sistemas de ensino pelas escolas particulares têm diminuído a chance de venda de material usado.

A estratégia menos utilizada pelos entrevistados neste ano será a compra de material com outros pais e estudantes. Ainda assim, ela deu um salto em relação a 2021 e, hoje, 12,5% dos consumidores pretendem adotar o método, contra 1,79% no último ano. “O isolamento ainda se refletiu muito em 2021, mas agora o contato mais frequente com outros pais voltou”, pontua Antunes.

A quantidade de consumidores que pretende pagar à vista com dinheiro ou cartão continua caindo desde 2021. De 60,6% em 2020, foi para 48,2% no último ano e chegou a 45,3% em 2022, enquanto o pagamento parcelado com cartão de crédito subiu e até a quantidade de pagamentos com cheque, que não pontuava significativamente na pesquisa desde 2016, voltou a surgir como opção para 1,5% dos consumidores.

Fonte: Jornal O Tempo – Publicado em 28/01/2022 por Gabriel Rodrigues.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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