Cesta básica passa de R$500 pela primeira vez na história de BH; custo de vida é o mais caro em toda pandemia

Pela primeira vez, o custo da cesta básica passou de R$ 500 em Belo Horizonte, conforme dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead-MG). A pesquisa também aponta alta no custo de vida do belorizontino, que é o maior desde o início da pandemia.

Conforme a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento Thaize Martins, os preços do tomate Santa Cruz (alta de 21,9%), da carne bovina chã de dentro (alta de 4,9%), da banana caturra (alta de 13,57%), do feijão (alta de 5,40%) e do arroz (alta de 10%), puxaram o aumento no valor da cesta básica.

“Trata-se da terceira alta consecutiva. A cesta básica chegou ao patamar de R$ 520,79 no mês de outubro. Este valor foi o maior já observado em toda a série histórica da pesquisa, que teve início em junho de 1994”, diz. A alta registrada em relação ao mês de setembro foi de 6%.

“Vale destacar que dos itens que compõem a cesta básica, definida por decreto-lei, 12 apresentaram aumento de preço. Somente a farinha de trigo recuou no mês de outubro quando comparado a setembro. Apenas um item apresentou queda. Com isso a cesta básica está com uma alta acumulada de 12,18% no ano e 23,64% nos últimos 12 meses”, explica. 

De acordo com Martins, os aumentos são influenciados por diferentes fatores: aumento da demanda interna por causa da pandemia de covid-19; valorização do dólar frente ao real, o que favorece a exportação; e as condições climáticas nas regiões produtoras. “Normalmente em períodos chuvosos o preço do tomate sobe”, diz.

No momento não há expectativa nem tendência de queda dos preços dos alimentos. “Os fatores que estão influenciando o aumento do preço continuam os mesmos e presentes”, explica.

Custo de vida

O custo de vida em Belo Horizonte é o mais alto desde o início da pandemia. O índice é de 0,69% para o IPCA. “Isso quer dizer que em média os preços praticados em Belo Horizonte no mês de outubro foram 0,69% maiores do que os preços praticados no mês de setembro. Isso trouxe uma variação acumulada no ano de 3,11% para inflação e nos últimos 12 meses a alta já é 4,73%.”

Fonte: Rádio Itatiaia – Publicado em 06/11/2020 por Aline Neves.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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