Inflação da baixa renda recua e preço das carnes cai; tomate teve a principal influência de alta

Indicador calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para medir a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) fechou janeiro com alta de 0,55%. O grande vilão, novamente, foi o tomate, com aumento de 19,68%. A boa notícia é que o preço da carne caiu: o quilo da alcatra recuou  4,98%.

O aumento do IPC-C1 de janeiro foi menor que o de dezembro passado (0,93%). Desta forma, no acumulado de 12 meses, o indicador coleciona alta de 4,55%.

Além do IPC-C1, a FGV também calcula o IPC-BR, que mede a variação de preços para todas as faixas de renda. Neste caso, a variação em janeiro foi de 0,59%. Portanto, ficou acima do IPC-C1 no mês passado.

Mas a situação muda quando os dois indicadores são comparados levando-se em conta os últimos 12 meses: o IPC-C1 (4,55%) ficou acima do IPC-BR (4,13%). Isso aconteceu porque sete dos oito grupos que compõem a inflação para as famílias menos abastadas tiveram elevação de percentuais.

O grupo alimentação  avançou 0,83%; o de despesas diversas, 0,16%; o de transportes, 0,5%; saúde e cuidados pessoais, 0,29%; habitação, 0,37%; educação, leitura e recreação, 2,48%; e comunicação, 0,15%. O de vestuário foi o único a recuar (-0,24%).  

Belo Horizonte

Também ontem foi divulgado o custo da cesta básica calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG) na capital mineira.

O custo da chamada ração básica ficou em R$ 459,06. Foi 1,12% menor do que o valor de dezembro passado (R$ 464,23). O novo preço corresponde a 44,18% do salário mínimo.

O principal motivo da queda de dezembro para janeiro foi a redução no preço da carne. No caso da cesta calculada pelo Ipead, a única peça que faz parte da composição do indicador é a chã de dentro, cujo valor recuou -2,919%.

Por outro lado, assim como constatado no estudo da Fundação Getúlio Vargas, o preço do tomate aumentou. Em Belo Horizonte, o Ipead constatou que a alta foi de 0,993%.

Foi o segundo produto que mais subiu na capital mineira. O primeiro foi a batata, com avanço de 1,15%. Nos próximos meses, devido às chuvas em excesso, há possibilidade de novas altas.

Apesar de o custo da cesta ter começado o ano em queda, a evolução ao longo dos últimos 12 meses mostra uma disparada de 7,57%.

Ao longo de 2019, o grande vilão da cesta na capital mineira foi a carne, cujo preço foi puxado para o alto em razão do aumento das exportações, impactadas pela falta do produto no mercado chinês. Muitas matrizes lá, sobretudo suínas, morreram em razão da gripe.

Fonte: Jornal Hoje em Dia – Publicado em 06/02/2020 por Paulo Henrique Lobato.


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