Consumidores da capital continuam pessimistas, aponta o ICC do IPEAD

A confiança do consumidor belo-horizontino se manteve estável no mês de julho, resultado de uma percepção positiva da inflação e, ao mesmo tempo, uma pretensão de compra mais baixa no período.

Na comparação de julho com junho deste ano, o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC), divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), aumentou 0,96%, alcançando os 35,70 pontos e permanecendo abaixo da linha dos 50 pontos, que separa o pessimismo do otimismo.

A componente de percepção dos consumidores sobre a inflação alavancou o ICC com aumento de 16,16% em relação ao mês anterior. O Índice de Expectativa Econômica (IEE) apresentou uma elevação de 2,84% na mesma base comparativa.

Já a pretensão de compra para o mês de agosto contribuiu para uma redução do indicador geral, resultando na estabilidade. O Índice de Expectativa Financeira (IEF) apresentou queda de 0,17% em comparação com o mês de junho, sendo que o item pretensão de compra caiu 9,11%, mesmo com a proximidade do Dia dos Pais.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o levantamento mostra que o ICC caiu 0,14%. Houve queda do índice geral também no acumulado do ano, com uma variação negativa de 6,35%.

Na avaliação da coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Ipead, Thaize Martins, no final de 2018 houve uma ligeira recuperação da confiança dos consumidores com expectativas positivas diante da mudança de governo que não foram confirmadas.

“Em julho observamos uma manutenção do humor do consumidor,enquanto o primeiro semestre desse ano trouxe uma percepção pior do que os consumidores estavam esperando no ano passado”, afirma.

Dia dos Pais – A expectativa para esse ano é de um Dia dos Pais menos aquecido para o comércio da Capital. A pesquisa sobre a pretensão de compra para a data comemorativa mostra que 41,90% dos entrevistados pretendem presentear Dia dos Pais, o percentual o mais baixo dos últimos quatro anos.

A queda do número de presentes reflete também no valor médio dos itens que serão adquiridos. A redução, segundo o levantamento da Ipead, foide 5,60% em 2019 na comparação com o ano passado. O valor médio dos presentes é o menor dos últimos três anos e caiu de R$ 91,19 em 2018 para R$ 86,08 nesse ano. Entre os consumidores que pretendem presentear, 71,59% afirmaram que vão gastar valor igual ou inferior ao que gastou no ano.

Thaize Martins acredita que esse resultado é um reflexo do cenário econômico como um todo. Além disso, ela ressalta que os gastos durante o período de férias fazem com que os consumidores tenham mais cautela com as finanças para o mês de agosto.

“É um cenário desenhado até mesmo pelo índice de confiança do consumidor, que mostra uma queda na componente de pretensão de compras.Durante o período de férias os gastos com passeios, programas fora de casa ou viagens acaba afetando a pretensão de consumo para agosto”, explica.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 27 de julho de 2019 por Ana Carolina Dias Schenk.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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