Depois de encerrar o ano passado com inflação de 4,59%, acima do centro da meta, Belo Horizonte iniciou 2019 com alta nos preços. A inflação da Capital aumentou em 1,87% em janeiro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
De acordo com a pesquisa, dos grupos avaliados, a maior alta veio dos produtos não alimentares, que englobam gastos com habitação e itens pessoais, com crescimento dos preços de 2,75% no mês. Logo em seguida, o conjunto de alimentação na residência apresentou elevação de 2,04% nos preços. O grupo de produtos administrados teve crescimento de 1,7% e habitação 0,85%. Na outra ponta, destacou-se o item alimentação fora da residência, com queda nos preços de 1,14%.
Ainda conforme o levantamento, de forma detalhada, dentre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, os maiores destaques foram as altas de 7,21% para alimentos in natura, 3,98% para despesas pessoais, 3,69% para alimentos elaboração primária, 1,70% para produtos administrados, 1,65% para artigos de residência e 1,14% para bebidas em bares e restaurantes. Já o item vestuário e complementos observou avanço de 0,09%. No sentido oposto, destacou-se a queda de 1,39% para alimentação em restaurante.
Com esses resultados, o IPCA acumulou avanço de 4,76% nos últimos 12 meses. Neste tipo de comparação, as maiores contribuições vieram de alimentação fora da residência (5,63%), seguido por gastos pessoais (5,52%).
Logo após, apareceu produtos administrados (4,77%) e alimentação na residência (4,03%). Habitação apresentou elevação de 2,49% nos preços.
Já quando considerados os produtos/serviços com maiores variações de preços em janeiro na capital mineira, a principal contribuição veio das excursões, com elevação de 27,29%. Em seguida, apareceram: ônibus urbano (11,14%), curso superior (9,01%), empregado doméstico (4,61%) e IPTU (3,86%).
As cinco menores contribuições, por outro lado, foram observadas junto aos preços do seguro obrigatório anual (-60,85%), ingressos para jogo (-13,70%), lanche (-2,57%), gasolina comum (-2,43%) e refeição (-1,07%).
Cesta – O custo da cesta básica, que representa os gastos de um trabalhador adulto com alimentação, já refletiu a alta dos preços registrada em janeiro e chegou a R$ 426,75 no mês passado. O valor representa um aumento de 2,29% em relação a dezembro. Além disso, já equivaleu a 42,76% do salário mínimo brasileiro, reajustado neste ano para R$ 998.
Dos treze itens que compõem a cesta básica, os principais aumentos foram observados na carne “chã de dentro” (9,97%) e no “feijão carioquinha” (14,26%).
Fonte: Jornal Diário do Comércio por Mara Bianchetti em 08/02/2019.