A possibilidade de reajuste tarifário, inclusive, chegou a ser levantada em um estudo da IPEAD/UFMG
O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), assinou nesta quinta-feira (11/12) o decreto que oficializa a gratuidade das passagens de ônibus na capital mineira aos domingos e feriados, com vigência a partir de 14 de dezembro.
Durante a cerimônia de assinatura, o prefeito foi questionado sobre a possibilidade de o benefício acarretar um aumento no preço da tarifa dos coletivos.
A possibilidade de reajuste tarifário, inclusive, chegou a ser levantada em um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD/UFMG). O estudo apontou a necessidade de encontrar fontes para suprir a receita do sistema de transporte, dado o impacto financeiro que a medida trará.
Damião, no entanto, informou que o custeio das viagens gratuitas virá de uma parceria entre o Executivo municipal e a Câmara Municipal. A estimativa é que a Casa Legislativa repasse R$ 140 milhões, conforme esclareceu o presidente da Câmara, vereador Juliano Lopes (PSD). O prefeito ressaltou que o custo da Catraca Livre deve girar em torno de R$ 40 milhões.
Álvaro Damião descartou um possível aumento no valor da tarifa devido à gratuidade das viagens. Ele esclareceu que o reajuste anual, se ocorrer, destina-se apenas a cobrir as perdas inflacionárias do setor ao longo do ano.
“Existe um contrato que você tem que reajustar a passagem no dia 31 de dezembro. Esse reajuste é para recompor todas as perdas ao longo do ano, porque o diesel aumenta, o salário do motorista, daquele que trabalha na garagem, do pneu. Então, você tem que fazer o reajuste salarial, que não é aumento da passagem”, esclareceu o prefeito.
O chefe do Executivo municipal, contudo, não confirmou se haverá reajuste na tarifa para 2026. Atualmente, a passagem custa R$ 5,75.