Resultado de -0,2% é maior queda para novembro desde 94
Embora o consumidor nem sempre sinta diretamente no bolso, alguns preços estão caindo. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da cidade de Belo Horizonte, que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, apresentou variação negativa de 0,2% em novembro. Segundo a Fundação Ipead/UFMG, que calcula o índice, foi a maior queda já registrada para o mês de novembro desde 1994. A última deflação observada na pesquisa para esse mesmo mês ocorreu em 2003.
A energia elétrica foi o item o que mais contribuiu para a deflação, com redução próxima a 8% no mês, resultado da alteração da bandeira tarifária vermelha para amarela. A gasolina, que figurou como vilã durante muito tempo, agora aparece também como uma das cinco menores contribuições, com queda de 1,66% em novembro – reflexo, ainda que em menor proporção, dos sucessivos cortes de preços feitos pela Petrobras nas refinarias.
Alimentação
Comer, infelizmente, continua caro. O grupo Alimento in natura teve alta de 5,56% e o de Alimentação em restaurante subiu 2,08%. Com isso, o item Alimentação teve alta de 0,96% no mês, diante de uma inflação geral de -0,20%. O tomate está correndo risco de sumir da mesa, ou ter sua presença reduzida, depois de aumentar 61,46. Dos itens que compõem o IPCA, destacam-se também quedas de 1,69% para Alimentos de elaboração primária, 1,59% para Vestuário e complementos e 1,37% para Produtos Administrados.
Confiança
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de BH traz em novembro a maior pontuação para o componente Emprego desde fevereiro de 2016, mas ainda é pessimista.
Fonte: Jornal O Tempo – Publicado em 07/12/2018.