O economista do Ipead, Diogo Santos, afirmou que a retração ocorreu após uma queda na alimentação na residência, puxada por alimentos na residência
A inflação em Belo Horizonte recuou -0,05% em fevereiro, a primeira queda após seis meses de altas consecutivas no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A redução foi verificada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG, e divulgada nesta terça-feira (11).
O economista do Ipead, Diogo Santos, afirmou que a retração ocorreu após uma queda na alimentação na residência, puxada por alimentos na residência e de elaboração primária. O resultado, inclusive, contribuiu para uma estabilização do preço da cesta básica em BH no segundo mês do ano.
Outros itens com quedas de preços em fevereiro foram itens de saúde e cuidados pessoais e de produtos administrados como gastos com transporte, comunicação, energia elétrica e combustíveis. “Não foi só um grupo específico de itens, mas um conjunto de itens que ajudou a segurar essa queda da inflação em fevereiro”, destacou Santos.
Ele lembrou que a última vez que a inflação registrou uma queda na inflação foi na primeira semana de setembro do ano passado. “Neste momento, de modo geral, existem vários fatores contribuindo para que no próximo período a gente observe no país um controle do nível de preços. O quanto esses fatores serão efetivos, só poderemos ver ao longo do tempo”, complementou Diogo sobre possíveis impactos do corte de impostos para nove alimentos importados, como carnes e azeite, anunciado pelo governo e o aumento da Selic, a taxa básica de juros.
Fonte: Jornal O Tempo – caderno do Economia – Reportagem Simon Nascimento – Publicado em 11/03/2025.