Cesta básica tem segunda maior variação do ano em Belo Horizonte

Elevação de 5,63% em outubro só perde para variação de 6,06% em janeiro

O custo da cesta básica, que representa o gasto médio mensal de um trabalhador adulto com alimentação, registrou elevação de 5,63%, entre setembro e outubro de 2024 em Belo Horizonte, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), divulgado nesta terça-feira (5). “Foi a segunda maior variação do ano”, observa o economista da fundação, Diogo Santos.

Em janeiro deste ano, a alta no valor da cesta foi de 6,06% e chegou a custar R$ 735,43, o equivalente a 52,08% do valor de um salário mínimo. Foi o maior valor da cesta básica desde abril de 2022 (R$ 716,26).

Em outubro deste ano, o valor da cesta chegou a R$ 727,19, de acordo com a fundação, foi o quarto maior valor no ano. Em relação a janeiro deste ano (R$ 735,43), a cesta está R$ 8,24 mais barata. Atualmente, o custo da cesta na capital mineira representa o equivalente a 51,50% do valor de um salário mínimo.

Na comparação com outubro do ano passado, a cesta está custando atualmente R$ 57,73 a mais. Em relação à proporção do salário mínimo, o custo é maior também em outubro deste ano, pois a cesta custava o equivalente a 50,72% do salário mínimo vigente em outubro de 2023. Isso mostra que houve perda no poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica na comparação anual.

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, dez apresentaram alta do preço médio e três apresentaram diminuição.

Os itens com maior variação positiva no preço médio no mês de outubro foram:

  • tomate (15,31%),
  • banana caturra (14,01%)
  • e chã de dentro (9,55%)

Já as variações negativas de preços, isto é, itens que ficaram mais baratos, foram: 

  • batata inglesa (-5,64%),
  • arroz (-0,71%)
  • e farinha de trigo (- 0,54%).

Portanto, as maiores altas foram mais intensas que as maiores diminuições.

Considerando a importância relativa de cada produto, os que mais contribuíram para a alta de 5,63% do custo da cesta básica em Belo Horizonte foram chã de dentro, com 3,12 pontos percentuais (p.p.), banana caturra (1,34 p.p.) e tomate (0,91 p.p.).

No ano, segundo o levantamento da Fundação Ipead, o item com maior variação positiva é o café moído (57,34%) e o item com a maior variação negativa é o feijão carioquinha (-20,58%).

Variação do valor da cesta básica durante o ano em Belo Horizonte

Após quatro quedas consecutivas, de fevereiro a maio deste ano, a cesta apresentou alta em junho, quedas consecutivas em julho e agosto e altas em setembro e outubro. Em fevereiro, a queda foi de 0,31%, no mês seguinte o recuo foi mais intenso (-0,60%).

Em abril, a cesta voltou a cair mais (-1,27%), recuo que continuou em maio, mas com menos intensidade (-0,17%). No último mês do primeiro semestre de 2024, houve elevação de 2,13%.

O segundo semestre começou com queda na cesta básica. O recuo de julho, segundo a Fundação Ipead, foi de 4,51%. A retração no valor voltou a acontecer em agosto, com queda de 2,04%. Em setembro, a cesta básica na capital mineira voltou a subir, com elevação de 0,32%, variação avaliada como leve pela Fundação Ipead.

Com o resultado de outubro, o custo da cesta básica em Belo Horizonte registra altas acumuladas de 4,87% em 2024 e 8,62% em 12 meses.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – caderno de Economia – Publicado por Juliana Gontijo em 05/11/2024.

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