IPCA de Belo Horizonte acelera 0,52% em março, segundo IPEAD

As maiores contribuições para a alta da inflação vieram dos itens condomínio residencial, aluguel residencial e automóvel novo

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Crédito: Diário do Comércio / Mara Bianchetti

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte subiu 0,52% em março, acelerando em relação a fevereiro, quando a inflação foi de 0,24%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 2,9% no ano. Já nos últimos doze meses, o indicador cresceu 5,88%. 

Os preços do condomínio residencial, aluguel residencial e automóvel novo foram os principais responsáveis pelo aumento do custo de vida do belo-horizontino no terceiro mês de 2024. Respectivamente, os produtos/serviços citados encareceram 2,77%, 2,6% e 0,94% no período, com impactos de -0,13 ponto percentual, -0,06 p.p. e -0,04 p.p. na devida ordem. 

Por outro lado, as maiores contribuições para conter a elevação da inflação na Capital vieram da batata inglesa, com uma queda de 17,83% e do móvel para quarto, com baixa de 5,12%. Os respectivos impactos dos itens no IPCA de Belo Horizonte foram de -0,04 p.p. e -0,03 p.p. 

No que se refere aos grupos analisados, o de alimentação teve uma alta de 0,41% em março. Tanto alimentação na residência (0,43%) quanto alimentação fora da residência (0,38%), subgrupos que compõem o índice, contribuíram para a elevação dos preços. Enquanto isso, o grupo de produtos não alimentares subiu 0,55%, puxado, sobretudo, pelo subgrupo habitação (1,28%), embora os subgrupos pessoais (0,57%) e produtos administrados também tenham encarecido (0,01%).

Os dados são de um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), divulgado nesta sexta-feira (5).

Inflação de serviços pode seguir impactando o índice nos próximos meses

Segundo o consultor da Fundação Ipead, Diogo Santos, o período de forte crescimento inflacionário, como na pandemia, ficou para trás, entretanto, o IPCA ainda têm sofrido flutuações. Ele diz que, nos últimos tempos, ocorreram oscilações influenciadas por fatores específicos, como o reajuste da tarifa de ônibus, em janeiro, a pressão dos alimentos, entre outubro e dezembro, e a elevação dos preços de habitação e despesas pessoais, no último mês.

Para o consultor, este cenário indica que não haverá um forte impacto da alimentação nos próximos meses, especialmente dos alimentos que sofreram forte ajuste ao longo do verão, por impacto negativo na oferta. Contudo, Santos pondera: “É preciso observar a inflação de serviços, que já demonstrou que acelerou mais. Ela pode ser, sim, o que devemos observar como foco principal de preocupação com o nível de custo de vida nos próximos meses”.

Custo da Cesta Básica em Belo Horizonte cai pelo segundo mês consecutivo 

O custo da cesta básica em Belo Horizonte, que representa o gasto médio de um trabalhador adulto com alimentação, também é medido pelo Ipead. Após cair 0,31% em fevereiro, o indicador apresentou decréscimo de 0,60% em março – a segunda queda consecutiva. Desse modo, o valor da cesta atingiu R$ 728,79 no período, o que equivale a 51,61% do salário mínimo.

O consultor da Fundação Ipead destaca o resultado, reiterando que, embora os recuos não tenham sido tão elevados, demonstra uma tendência de queda com a sequência positiva. Santos recorda que, em janeiro, o custo da cesta básica havia subido 6,06%, o que gerou certa preocupação.

Neste mês, conforme a pesquisa, dos 13 itens que compõem a cesta básica, sete tiveram variações negativas e 6 registraram elevação.

Confira os três itens com maiores quedas:

  • batata inglesa (-17,84%)
  • feijão carioquinha (-10,90%)
  • óleo de soja (-7,64%)

No sentido oposto, os três produtos que ficaram mais caros na Capital, no terceiro mês do ano, foram:

  • banana-caturra (5,16%)
  • chã de dentro (2,81%)
  • tomate (2,11%)

Fonte: Jornal Diário do Comércio  – caderno Finanças – Publicado em 05/04/2024 por Thyago Henrique.

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