Pretensão daqueles que vão parcelar é a menor desde 2020; pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (31/1) pelo Ipead
Mais pais vão pagar à vista o material escolar neste ano, mesmo com itens até 30% mais caros em Belo Horizonte e região metropolitana, de acordo com um levantamento recente do site de pesquisa Mercado Mineiro. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (31/1) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).
Segundo o levantamento, passou de 32,39%, em 2023, para 50,67%, em 2024, o número de pessoas que pretendem pagar o material sem parcelar. Já aqueles que devem dividir o pagamento no cartão de crédito caiu de 50,70% em 2023 para 22,67% este ano. Este é o menor percentual desde 2020.
Segundo Diogo Santos, economista do Ipead, essa mudança na opção da forma de pagamento, com o crescimento do pagamento à vista, certamente reflete algumas melhorias que aconteceram na economia brasileira ao longo do ano passado, principalmente a queda da inflação, que aumenta o poder de compras das famílias, permitindo que elas tenham maior capacidade de gerir seu orçamento. “Também caíram as taxas de desemprego, o que gerou uma pequena melhora nos salários e, portanto, certamente as famílias estão neste momento podendo alocar uma parte maior da sua renda para esses gastos, de modo a já se planejar antecipadamente. Em janeiro, esse tipo de gasto é importante para as famílias que têm crianças”, afirma.
A pesquisa também mostrou que os consumidores estão menos propensos a reutilizar o material escolar do ano anterior, saindo de 60%, em 2023, para 21,82% neste ano.
Apesar da preferência maior pelo pagamento à vista, a grande maioria (73,33%) pretende também adotar alguma estratégia para economizar na hora da compra, como “pesquisar preços em diferentes estabelecimentos” (58,18%), “realizar compras pela internet” (30,91%) e “adotar a substituição de marcas (25,45%). Reutilização de material, que havia sido a segunda mais citada em 2023, caiu para a quarta posição neste ano.
Apesar da preferência maior pelo pagamento à vista, a grande maioria (73,33%) pretende também adotar alguma estratégia para economizar na hora da compra, como “pesquisar preços em diferentes estabelecimentos” (58,18%), “realizar compras pela internet” (30,91%) e “adotar a substituição de marcas (25,45%). Reutilização de material, que havia sido a segunda mais citada em 2023, caiu para a quarta posição neste ano.
Ao menos 35,71% dos entrevistados terão gastos com material escolar em 2024, acima do percentual de 2023 (33,81%) e o maior desde 2020 (42,38%).
Queda de pretensão de compra puxa ICC-BH para baixo
O Índice de Confiança do consumidor de BH (ICC-BH) caiu 2,56% em janeiro, após dois meses consecutivos de crescimento, segundo o Ipead. O indicador foi puxado, especialmente, pela queda na pretensão de compra (-12,06%).
Entre os componentes que contribuíram para a variação negativa estão a situação financeira da família atual (-4,92%), a situação econômica do país (-1,04%) e o emprego (-0,22%). Quatro, dos seis componentes, apresentaram piora.
Apesar deste cenário, o Índice de Confiança do Consumidor de BH aumentou de 40,67 para 42,66 pontos, de 2023 para 2024. Houve uma melhora na percepção da população em relação à inflação (5,12%) e situação financeira da família em Relação ao Passado (1,47%).
Os principais itens citados na pretensão de compra são: eletrodomésticos (13,33%), móveis (13,33%), veículos (12,86%) e vestuário e calçados (12,38%).
A pesquisa sobre a intenção de compra de material escolar é aplicada uma vez ao ano, juntamente com o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC BH), com os 210 entrevistados.
Fonte: Jornal O Tempo – Publicado em 31/01/2024 – caderno de Economia – Reportagem Shirley Pacelli.
