O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte registrou um aumento de 1,18% na primeira quadrissemana de janeiro (do dia 8 de dezembro de 2023 a 7 de janeiro de 2024), na comparação com o período anterior. É o que mostra a pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).
Esse resultado foi puxado pelo grupo de produtos não alimentares, que avançou 0,85%. Dentre os subgrupos, o grande destaque foi o dos produtos pessoais, que subiram 0,89%, influenciados, principalmente, pela alta nas despesas pessoais (1,17%).
Já o grupo da alimentação registrou um avanço superior no período, com alta de 2,76% frente à semana anterior. Esse resultado foi puxado pelo aumento observado no subgrupo de alimentação na residência (3,38%); influenciado, principalmente, pelos alimentos in natura, que apresentaram um avanço de 9,73% no IPCA da capital mineira.
IPCA acumulado dos últimos 12 meses
O Ipead também revelou que o IPCA de Belo Horizonte avançou 5,86% no acumulado dos últimos 12 meses. Os produtos não alimentares apresentaram o maior avanço do índice no período, com uma variação positiva de 7,04%.
O desempenho teve como principal influência o crescimento registrado pelos subgrupos de produtos pessoais e produtos administrados, que aumentaram 8,48% e 7,77%.
Assim como na análise da primeira quadrissemana de 2024, os produtos ligados às despesas pessoais (9,01%) foram os destaques do período.
Na divisão de alimentação, foi possível observar um avanço de 5,86% no indicador. O destaque desse grupo foi a alimentação fora da residência (11,09%), puxada pelo crescimento da alimentação em restaurante (11,15%) e das bebidas em bares e restaurantes (10,38%).
IPCR sobe em Belo Horizonte
Assim como o IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte também registrou alta na primeira quadrissemana de janeiro. O indicador que considera os gastos das famílias com renda de até cinco salários mínimos avançou 1,54% na comparação com o período anterior. Já o aumento nos últimos 12 meses foi de 6,1%.
A variação mais elevada observada no indicador foi apresentada pelos produtos de alimentos in natura, com alta de 11,05% nos preços praticados na capital. No subgrupo de produtos administrados, houve uma alta de 1,78%, tendo como principal causador o aumento das tarifas de ônibus urbano.
Quanto à contribuição de produtos específicos para a alta do IPCR, o Ipead aponta que os preços da tarifa de ônibus urbano foram os de maior destaque, contribuindo com 0,39 pontos percentuais (p.p.). Já o seguro voluntário de veículos foi o principal responsável por puxar o índice para baixo, evitando um resultado ainda mais elevado.
Fonte: Jornal Diário do Comércio – caderno de Economia – Publicado em 15/01/2024 por Leonardo Leão.