Taxas de juros caem em Belo Horizonte

Entre as operações em que as taxas caíram, estão o financiamento de automóveis em bancos e financeiras e o financiamento imobiliário com taxa de mercado

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Juros cobrados pelos bancos caem menos que as taxas pagas nas aplicações | Crédito: Adobe Stock

A maioria das taxas médias de juros do cartão de crédito e de financiamentos para pessoa física praticadas pelos bancos em Belo Horizonte caiu em setembro em relação ao mês anterior. Já as taxas de juros de captação, ou seja, os juros pagos pelos bancos aos correntistas e investidores tiveram queda em sua totalidade.

As informações constam do mais recente levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conforme o estudo, entre as operações em que as taxas caíram, estão o financiamento de automóveis em bancos e financeiras, com queda de 5,53%, e o financiamento imobiliário com taxa de mercado, que registrou redução de 2,27%.

Por outro lado, o cartão de crédito parcelado apresentou aumento de 1,82% nas taxas médias cobradas, enquanto o cartão de crédito rotativo registrou aumento de 2,97%. No entanto, segundo o Ipead, em agosto, essas duas operações haviam apresentado queda nas taxas médias cobradas pelos bancos.

No que diz respeito às taxas cobradas pelas instituições bancárias em operações com pessoas jurídicas, duas das quatro apresentaram quedas, sendo elas a antecipação de faturas de cartão de crédito e a conta garantida. Contudo, os empréstimos de capital de giro para as empresas e o desconto de duplicatas, que haviam registrado queda no mês anterior, apuraram aumento em setembro.

Ao avaliar o cenário das taxas de juros pagas pelos bancos em suas operações de captação, a queda foi generalizada e mais intensa, conforme apontam os especialistas do Ipead. Segundo eles, com exceção das aplicações em cooperativas de crédito, que também apresentaram redução, todas as outras formas de captação registradas pela pesquisa tiveram queda superior a 9%.

A título de informação, seis das oito operações analisadas apresentaram queda acima de 14%. Vale dizer que a tendência de redução das taxas de captação acompanha a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na reunião de setembro, a taxa Selic foi reduzida para 12,75% ao ano. Com a redução, são esperadas influências diretas às expectativas de rentabilidade para os que possuem investimentos, em especial, as aplicações em renda fixa.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – publicado em 10/10/2023 por Dione AS – caderno de Economia.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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