Inflação desacelera na Capital com alimentação em casa mais barata

Apesar do arrefecimento do indicador, o transporte urbano ainda exerceu forte pressão no custo de vida da população local

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Alimentação em casa ajudou a diminuir inflação no período | Crédito: Alessandro Carvalho/Diário do Comércio

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Belo Horizonte, que considera famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, teve alta de 0,24% na primeira quadrissemana de junho (08 de maio a 07 de junho). O levantamento foi divulgado, nesta quarta-feira, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). O percentual foi menor que o registrado na quadrissemana anterior, quando o crescimento foi de 0,44%.

De acordo com a fundação, a desaceleração na inflação na capital mineira vem acontecendo, principalmente, pela conclusão da absorção do aumento das tarifas de ônibus ocorrida há duas semanas e pela redução de todos os itens do grupo alimentação na residência.

Dentre os 11 grupos que compõem o IPCA, os maiores aumentos na primeira quadrissemana deste mês foram em saúde e cuidados pessoais (1,59%), vestuário e complementos (1,58%) e bebidas em bares e restaurantes (1,48%). Os produtos administrados tiveram alta de 1,27% no período.

Já as principais quedas foram em artigos de residência (-2,73%) e em vários grupos de alimentos: in natura (-2,23%), industrializados (-1,32%) e de elaboração primária (-1,27%).

Transporte pressiona consumidor

Transporte urbano, com aumento de 14,17%, foi o que mais contribuiu (0,38 ponto percentual) para o aumento no custo de vida no período. Em 2023, o IPCA de Belo Horizonte acumula crescimento de 5,39% e, nos últimos doze meses, de 6,12%.

A Fundação Ipead também divulgou, nesta quarta-feira, o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) de Belo Horizonte. Ele considera famílias com renda de até cinco salários mínimos. O indicador apresentou elevação de 1,22% na primeira quadrissemana de junho, enquanto na quadrissemana anterior o crescimento foi de 1,71%.

O resultado do IPCR mostra que a população de menor renda está sofrendo mais com a inflação na capital mineira. Em 2023, o IPCR acumula crescimento de 5,50% e, nos últimos doze meses, de 6,87%.

Fonte: Jornal Diário do Comércio – Publicado em 14/06/2023 por Juliana Gontijo.

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