Energia elétrica sobe 5,39% em junho e pressiona custo de vida em BH

IPCA subiu 0,49% em junho; a tarifa de energia elétrica foi o item que mais contribuiu para o aumento

custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou um aumento de 0,49% em junho, segundo pesquisa divulgada, nesta segunda-feira (5/7), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG).

Embora tenha ocorrido uma queda em relação a maio, quando o índice ficou em 0,75%, a tarifa de energia elétrica pesou bolso do belo-horizontino em junho. 

A pesquisa analisou preços dos produtos e serviços que são agrupados em 11 itens agregados. Os resultados mostram que os maiores destaques, em termos de variação, foram as altas de 3,83% para artigos de residência; de 1,82% para alimentos de elaboração primária; e de 1,30% para saúde e cuidados pessoais. 

No sentido oposto, apresentaram queda os alimentos in natura (-4,59%), alimentação em restaurante (-1,41%) e bebidas em bares e restaurantes (-1,24%).

O item que mais contribuiu para o aumento no custo de vida em junho foi a tarifa de energia elétrica, com alta de 5,39% no mês.

Material de pintura (19,71%), móveis para sala (5,72%), automóvel usado (4,85%) e automóvel novo (3,38%) também estão entre as maiores altas de preço no período.

Já os itens com menor variação foram o vidro (-18,58%), as excursões (-4,58%), o conserto de automóveis (-4,25%), o lanche (-3,72%) e o pão francês (-3,26%). 

Cesta básica e taxa de juros 

A inflação acumulada nos últimos 12 meses em BH está em 8,23%. No acumulado de 2021, está em 4,20%.

O centro da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional para este ano é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

Após pequena alta em maio, o custo da cesta básica apresentou queda de 0,68% em junho, custando R$ 553,56. Os principais responsáveis por essa diminuição de preço foram a Banana Caturra (-8,04%), a Batata Inglesa (-7,79%) e o Pão francês (-1,34%).

Porém, a cesta básica continua apresentando uma alta variação acumulada igual a 16,24% nos últimos 12 meses, aproximadamente duas vezes maior do que a inflação.

A taxa Selic subiu para 4,25% ao ano desde a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), entre 15 e 16 de junho de 2021.

As taxas médias de juros praticadas para pessoa física tiveram alta na maioria dos setores ao serem comparadas às praticadas em maio. Em relação às taxas para pessoa jurídica, duas apresentaram aumento e outras duas, queda. Por fim, entre as taxas de captação, praticamente todas tiveram forte alta em relação ao mês anterior.

Fonte: Jornal Estado de Minas – caderno de Economia – Publicado em 05/07/2021 por Mariana Costa.


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