Repercussão da pesquisa da Inflação realizada pelo IPEAD/UFMG

Inflação supera meta e faz alimentos pesarem no bolso do uberabense

Ir ao supermercado atualmente é perceber que tudo está caro. O brasileiro sente diretamente os impactos da inflação. A cesta básica, os legumes e as verduras e a carne já consomem grande parte do salário do trabalhador. Para aqueles que sobrevivem do auxílio emergencial, a situação se torna ainda mais alarmante, tendo em vista a redução do valor do benefício. 

Mas afinal, por que tudo está tão caro? Conforme o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG), pela primeira vez em 2020, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,15%, acima da meta de 4,00% definida pelo Conselho Monetário Nacional.

O levantamento realizado pelo instituto também indicou que o custo da cesta básica voltou a subir em Minas Gerais em setembro, ficando R$ 490,74 no mês, representando um aumento de 2,48% em relação a agosto. Os principais responsáveis por essa alta foram o arroz (17,12%), o tomate Santa Cruz (7,31%) e a carne chã de dentro (2,37%). A batata inglesa e a banana caturra foram os únicos produtos da cesta que apresentaram queda em relação a agosto, 10,28 e 0,77%, respectivamente.

A pandemia de Covid-19 provocou aumento de 7,77% na alimentação no domicílio, segundo o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, de setembro/2019 a agosto/2020, mais que o triplo do índice geral. O saco de 5 Kg de arroz atingiu R$ 21,19.

Em Uberaba, a alta também é sentida, nesta semana a Ceasa do município registrou aumento em sete produtos e queda de preço em quatro. Quanto aos outros 18 produtos, eles permaneceram estáveis em relação à última semana. O tomate Santa Cruz, por exemplo, chegou a dobrar de preço, passando de R$50,00 para R$100,00.

Aumentaram os preços da alface (dúzia), de R$12,00, para R$15,00; mandioca (caixa 25kg), de R$40,00 para R$50,00; tomate Santa Cruz (caixa 22kg), de R$50,00 para R$100,00; abobrinha (caixa 20kg), de R$50,00 para R$70,00; e cebola (saca 20kg), de R$35,00 para R$50,00; chuchu (caixa de 22kg), de R$40,00 para R$80,00; e couve-flor (dúzia), de R$60,00 para R$70,00.

Quanto a carne, o mercado físico do boi gordo registrou preços estáveis nas principais praças de produção e comercialização do país nesta terça-feira (06). Em relação ao boi gordo, em Uberaba, os preços ficaram em R$ 255 a arroba. Ainda assim, o valor é altíssimo, há cerca de um mês, a arroba girava em R$ 243.

Fonte: JM Online – Publicado em 08/10/2020 por Raiane Duarte.

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