Em BH, taxa pode ultrapassar centro da meta

Alta foi de 0,67% em julho e de 3,83% no 1º semestre, alcançando 5,32% no acumulado dos últimos 12 meses

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou variação positiva de 0,67% em julho deste ano e intensificou o receio de que o indicador não fique abaixo do centro da meta de 4,5% estipulada para 2018. O resultado de julho foi impactado pela variação positiva de 20,05% nas excursões, em decorrência das férias escolares, pelo reajuste anual dos planos de saúde, que variaram 10% e as refeições fora de casa, com 1,89% de variação.

Os dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) apontaram ainda um impacto de 3,83% no índice durante o acumulado do primeiro semestre e de 5,32% no
acumulado dos últimos 12 meses, já acima do centro da meta.

O controle do preço da gasolina é um fator que pode contribuir para que o IPCA da Capital alcance a meta na avaliação da coordenadora de pesquisa do Ipead, Thaize Martins. Apesar de ligeira queda de -2,09% no mês de julho, a gasolina continua sendo a grande vilã de 2018, com alta de 15% acumulada no ano, ocupando o ranking dos cinco produtos que mais interferem no cálculo da inflação.

“Nós tivemos um mês de junho muito alto e julho manteve esse patamar e a meta de 4,5% ficou mais difícil de cumprir. Para os produtos que têm um grande impacto na inflação, teria que ter preços um pouco mais controlados para atingirmos a meta ou até mesmo alguma queda. Daqui para frente a tendência é de arrefecer um pouco, mas, no final do ano, vai voltar a subir”, explicou Thaize.

Cesta básica – O custo da cesta básica, que representa os gastos do trabalhador adulto com a alimentação, apresentou forte queda de 9,08% na passagem de junho para julho de 2018. O valor da cesta em julho foi de R$ 373,61, o equivalente a 39,16% do salário mínimo.

Thaize esclareceu que a variação negativa é considerada um efeito estatístico, devido à base de comparação. O aumento dos preços no mês de junho foi expressivo em decorrência da paralisação nacional dos caminhoneiros que gerou desabastecimento e perdas na produção, especialmente de alimentos in natura, e a diminuição dos preços em julho é relativa.

“A comparação dos preços praticados em junho com os de julho mostra que a queda é mais uma retomada do preço padrão do que uma diminuição efetiva dos preços”, afirmou a coordenadora de pesquisa do Ipead.

Fonte: Diário do Comércio – Publicado em 04/08/2018 – Caderno de Economia

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