Inflação em BH fica em 3,28% nos últimos 12 meses

Em 12 meses, a inflação em Belo Horizonte foi de 3,28%, segundo pesquisa do Instituto Ipead/UFMG, abaixo da meta de 4% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2020. O custo de vida, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor-IPCA/IPCR, apresentou alta de  0,17% em julho. O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços dos produtos e serviços agrupados em 11 itens. As maiores altas foram para energia elétrica, 2,71%; e gasolina comum, de 2,51%. As maiores quedas de preços foram registradas no setor de  excursões, de 5,28%,  e lanche, 3,82%.

O custo da cesta básica apresentou a segunda queda consecutiva em julho (-2,03%), custando R$ 461,80 no mês, representando 44,19% do valor do salário mínimo. Os produtos com maiores quedas no mês foram a batata inglesa (35,08%), e o tomate santa cruz (14,22%). Em 12 meses, a batata teve uma elevação de 20,67% e o tomate recuo de 10,04%. O leite pasteurizado foi o produto com maior alta em julho, de 3,92%. Em 12 meses, a alta foi  de 14,73%. O cálculo do custo da cesta básica  representa os gastos com a alimentação de um trabalhador adulto.

A taxa Selic permanece com o menor valor na série histórica do indicador, de 2,25% ao ano. As taxas médias de juros praticadas para pessoa física apresentaram queda na maioria dos setores ao serem comparadas às taxas de junho, sendo o maior destaque a taxa de construção civil (imóveis construídos). Os imóveis na planta tiveram uma alta de 0,21% e o financiamento imobiliário, 0,64%. O cartão de crédito é o que apresenta os índices mais altos de juros, de 10,30% ao mês. O crédito rotativo, de 9,93% ao mês.

Para pessoa jurídica, a maioria das taxas apresentou alta. As taxas de captação, na maior parte, apresentaram queda em relação ao mês anterior, mas vale destacar a grande elevação do CDB (0,52%). A conta garantida teve a maior alta 2,92%, e a mais baixa foi de capital de giro (0,83%) próximo das taxas das antecipações de faturas de cartão de crédito (0,84%).

A pesquisa mensal sobre taxas de juros praticadas em Belo Horizonte tem como resultado uma síntese das taxas praticadas nos empréstimos para os diversos setores da economia, e na captação. É um balizador capaz de auxiliar a população na tomada de decisão quanto ao momento adequado para contrair empréstimos ou aplicar recursos, o custo de cada tipo de empréstimo e a remuneração das principais opções de aplicação.

Fonte: Jornal Estado de Minas – Publicado em 05/08/2020 por Elian Guimarães.

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