Preço da cesta básica em BH atinge maior valor desde 1994, quando foi implantado o Plano Real, diz Ipead

Atualmente, ela custa 46,90% do salário mínimo, com valor de R$ 490,15. Nos últimos 12 meses, a cesta teve aumento de 10%.

O preço da cesta básica em Belo Horizonte atingiu o maior valor desde 1994, quando foi implantado o Plano Real, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Atualmente, ela custa 46,90% do salário mínimo, com valor de R$ 490,15. Nos últimos 12 meses, a cesta teve aumento de 10%. Se for considerada apenas a diferença de abril para maio, o aumento foi de 1,79%. A pandemia do novo coronavírus é um dos fatores que têm afetado o aumento dos preços.

De acordo com a coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Ipead, Thaize Martins, o preço da cesta oscila muito – tem época de queda e tem alta – o que é uma informação relevante para as famílias por se tratar de alimento básico para o consumo.

Em maio do ano passado houve uma série de praticamente seis meses de queda consecutiva, que foi até novembro.

Mas, atualmente, com a quarentena e o isolamento social verifica-se uma pressão maior no valor dos preços.

De acordo com Thaize, desde fevereiro, percebe-se aumentos consecutivos. Geralmente, o aumento ocorre em itens influenciados pelos períodos de entressafras.

A batata foi uma forte alta no mês de maio em comparação com abril, com 32,6% no mês. Contudo, no ano, a batata já acumula 80% de aumento.

O arroz teve aumento de 1,05% no mês e 13,66% no acumulado do ano. O feijão teve queda 2,9% no mês, mas alta de 32% no acumulado. Já o leite, que foi alvo de investigação pelo governo federal em abril, teve queda de 1,38% no mês e alta de 8% no acumulado do ano.

A proporção do aumento comparada com o salário mínimo, já era esperada, mas o impacto para uma renda familiar é considerável.

O ano de 2019 começou com aumento e estava seguindo em queda, mas agora os alimentos estão pressionando a inflamação e em itens que são de difícil substituição.

A batata pode ser substituída pelo inhame, por exemplo. Já o feijão e o arroz são mais difíceis de serem substituídos, mas o consumidor pode tentar mudar o tipo deles.

Fonte: G1 Minas –  Belo Horizonte em 03/06/2020.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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