Alimentos pesam mais no bolso durante a quarentena

A primeira pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) sobre movimentação dos preços na capital mineira englobando o período da quarentena do coronavírus aponta para aumento de custos com alimentação. O levantamento é da Fundação Ipead/UFMG e foi divulgado nesta terça-feira (28). Entre os 11 itens que compõem os cálculos do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução de gastos de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, os destaques ficaram para alimentos in natura, uma alta de 5,72%, seguidos de alimentos de elaboração primária (5,02%), enquanto a alimentação em restaurantes ficou 11,35% mais cara. Na outra ponta, a maior queda foi de produtos administrativos (1,55%), que incluem transporte, comunicação, energia elétrica, combustíveis, água e iptu.

Comparando com as famílias de menor renda, a alta dos preços pesou mais para quem ganha até cinco salários mínimos, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito – IPCR, (0,43%), mais que o dobro em relação IPCA (0,18%). O IPC é calculado mediante comparação dos preços médios praticados no período de 24 de março a 23 de abril de 2020 (terceira quadrissemana de abril), com preços médios praticados entre 24 de fevereiro e 23 de março (terceira quadrissemana de março).

A alta dos alimentos in natura somente neste ano chegou a 24,63%, chamando a atenção para aquilo que o consumidor vinha sentindo ao se dirigir às gôndolas de hortifrutigranjeiros e de supermercados nesses quatro primeiros meses de 2020. O feijão carioca foi o grande vilão da alta de preços, apresentando uma variação de 28,09% na terceira quadrissemana de abril, seguido pelo leite pasteurizado, uma alta de 11,88%, e dos lanches fora de casa, com 9,6%.

Por outro lado, o consumidor, que vinha sentindo no bolso desde o ano passado os custos dos combustíveis nas bombas dos postos de abastecimento, viu o preço do etanol cair em 10,19%, e da gasolina, 6,54%. Entre os serviços com maior queda nos preços apontados pela pesquisa estão o de cabeleireiro (-6,38%), assinatura de telefonia fixa (-6,09) e manicure e pedicure (-4,72%).

No cálculo de gastos com alimentos nos últimos 12 meses, a pesquisa aponta que comer fora ficou 10,66% mais caro, com os preços em restaurantes subindo 11,35%. A alimentação na residência também subiu (7,75%), com os alimentos de elaboração primária sendo responsáveis por 14,90 % dessa faixa.

No cálculo de gastos com alimentos nos últimos 12 meses, a pesquisa aponta que comer fora ficou 10,66% mais caro, com os preços em restaurantes subindo 11,35%. A alimentação na residência também subiu (7,75%), com os alimentos de elaboração primária sendo responsáveis por 14,90 % dessa faixa.

Mesmo com números em queda neste terceiro quadrimestre, os produtos administrados apresentaram alta de 0,95% em 12 meses. A habitação, 3,53%, enquanto gastos pessoas (vestuário, saúde e despesas pessoais) tiveram elevação de 4,53%.

Fonte: Jornal Estado de Minas – Publicado em 28/04/2020.

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Assessoria de Comunicação Fundação IPEAD

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