Juros para pessoas físicas caem em seis operações de crédito em BH, mas seguem elevados

Construção civil lidera altas e automóveis puxam quedas, aponta levantamento do Ipead/UFMG

Sete das 14 taxas médias de juros cobradas pelos bancos em operações com pessoas físicas em Belo Horizonte apresentaram queda ou estagnação em agosto, em comparação ao mês anterior. Os dados são do Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG). Mesmo com a retração em alguns segmentos, os juros continuam em patamares elevados.

As retrações e estagnação ocorreram em:

  • Automóveis em bancos e financeiras (-3,59%);,
  • Automóveis via montadoras (-3,53%);
  • Crédito pessoal consignado privado (-3,23%);
  • Cartão de crédito parcelado (-2,67%);
  • Aquisição de outros bens (-2,32%);
  • Cheque especial (-1,01%);
  • Crédito pessoal consignado público (0,00%)

Já as maiores altas foram registradas em construção civil – imóveis na planta (20,37%), comércio eletrônico (2,99%) e crédito pessoal não consignado (2,38%). Também houve aumento em cooperativas de crédito (2,24%) e financiamento imobiliário com taxa de mercado (2,02%). O cartão de crédito rotativo total subiu 0,47%.

A título de comparação, a taxa Selic está em 1,16% ao mês (15% ao ano), a mais alta em mais de uma década.

Segundo o gerente de Pesquisa do Ipead, Eduardo Antunes, as diminuições indicam, entre outras coisas, um movimento do mercado para atrair consumidores. “No caso dos automóveis, por exemplo, houve queda de 3,59% na taxa nos bancos e financeiras, mas a taxa média está em 2,15% ao mês. E hoje não existe carro zero a menos de R$ 100 mil, ou seja, os preços estão muito altos e as taxas também”, afirmou. Nesse caso, apesar da diminuição frente a julho, a taxa média anualizada chega a quase 29%.

Pessoas jurídicas

Nas operações com pessoas jurídicas, três das quatro modalidades tiveram alta em agosto. A única queda foi registrada na conta garantida (-1,12%), uma linha de crédito que disponibiliza dinheiro na conta corrente da empresa para que ela arque com débitos ou faça novos negócios.

Do lado da captação, ou seja, os juros pagos pelos bancos a clientes que aplicam recursos, seis das oito modalidades apresentaram diminuição.

Fonte: Jornal O Fator – Caderno Informação – Publicado em 08/09/2025 por Tatiana Moraes.

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