Preço atingiu o segundo menor índice em 2024; valor atual da cesta é de R$ 688,42
De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Ipead, da UFMG, O custo da cesta básica, que representa o gasto médio mensal de um trabalhador adulto com alimentação, apresentou variação positiva de 0,32%, entre agosto e setembro de 2024 em Belo Horizonte. Desse modo, o valor da cesta em setembro atingiu R$ 688,42, o segundo menor valor no ano. Em relação a janeiro deste ano (R$ 735,43), a cesta está R$ 47,01 mais barata.
Atualmente, o custo da cesta em BH representa o equivalente a 48,75% do valor de um salário mínimo. Em comparação com setembro de 2023, a cesta está custando atualmente R$ 16,31 a mais. Entretanto, em relação à proporção do salário mínimo, o custo é menor em setembro deste ano, pois a cesta custava o equivalente a 50,92% do salário mínimo vigente em setembro de 2023. Ou seja, houve ganho no poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica na comparação anual.
Após quatro quedas consecutivas, de fevereiro a maio deste ano, a cesta apresentou alta em junho, reduções subsequentes em julho e agosto e, novamente, alta em setembro. Com o resultado do mês passado, o custo da cesta básica em BH registra queda acumulada de 0,72% em 2024 e alta de 2,43% em 12 meses.
Dos 13 itens que compõem a cesta básica, oito apresentaram alta do preço médio e os outros cinco apresentaram diminuição. Os itens com maior variação positiva no preço médio no mês, isto é, os que mais subiram, foram café moído (16,14%), óleo de soja (6,87%) e chã de dentro (2,93%).
Já as maiores variações negativas de preços, isto é, itens que ficaram mais baratos, foram tomate (-10,97%), banana caturra (-6,67%) e feijão carioquinha (-3,93%). Portanto, as maiores altas foram mais intensas que as maiores diminuições.
Considerando a importância relativa de cada produto, os que mais contribuíram para a alta de 0,32% do custo da cesta básica em BH foram Chã de Dentro (0,94 p.p.), Café Moído (0,52 p.p.) e Leite (0,19 p.p.). Em 2024, o item com maior variação positiva é o Café Moído (51,81%) e o item com a maior variação negativa é o Tomate (-30,60%).
“Para os próximos meses, o que nós podemos esperar é que, provavelmente, este efeito de queda de preço de alguns alimentos como o tomate e a banana caturra, pode ficar difícil de ocorrer. Isso por conta da oferta e da procura maior destes itens em um tempo reduzido. É provável que tenhamos algum aumento no preço desses alimentos, o que pode elevar o custo da cesta básica em Belo Horizonte”, pontua o economista do IPEAD, Diogo Santos.
Fonte: Jornal O Tempo – caderno Economia – Publicado em 03/10/2024.