Cesta básica em BH cai pelo segundo mês seguido e já está quase R$ 50 mais barata desde janeiro

Confira quais itens ficaram mais baratos e quais subiram de preço segundo o levantamento

O valor da cesta básica em Belo Horizonte apresentou uma queda de 2,04% em agosto, em comparação ao mês de julho, e  fechou em R$ 686,25 de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead). De acordo com a instituição, é o menor valor registrado neste ano e, no acumulado, a cesta está R$ 49,18 mais barata do que em janeiro – quando custava R$ 735,43.

A queda no valor da cesta básica na capital mineira tem sido registrada desde o início do ano. Após quatro quedas consecutivas, de fevereiro a maio deste ano, a cesta apresentou apenas uma alta, em junho, e voltou a cair em julho e agosto. De acordo com Diogo Santos, economista do Ipead, a redução no preço impacta principalmente quem “vive de salário mínimo”. 

“O poder de compra da população aumentou. Para se ter uma ideia, hoje o belo-horizontino gasta menos da metade do salário mínimo para comprar a cesta básica. O aumento do salário mínimo acima da inflação também amplifica o poder de compra”, explica. 

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, oito apresentaram queda do preço médio e os outros cinco apresentaram elevação em agosto. Entre os itens que mais caíram de preço estão a batata inglesa (-22,53%), o tomate (-10,34%) e o feijão carioquinha (-4,76%).

“Isso acontece por causa da alta oferta de produtos no mercado. No caso do tomate, o clima faz com que o amadurecimento ocorra mais rápido, ampliando a oferta e pressionando os preços para baixo”, analisa Santos.

Já a banana caturra (8,45%), o café moído (4,56%) e o pão francês (1,50%) foram os itens que mais ficaram caros. “A banana, por outro lado, é um item que foi prejudicado pelo clima e ficou mais caro para a população.”

Confira o ranking completo de itens em agosto 

Caiu:

  • Batata inglesa (-22,53%)
  • Tomate (-10,34%)
  • Feijão carioquinha (-4,76%)
  • Manteiga (-4,33%)
  • Arroz (-2,40%)
  • Açúcar cristal (-0,69%)
  • Chã de dentro (-0,62%)
  • Leite (-0,30%)

Subiu 

  • Banana caturra (+8,45%)
  • Café moído (+4,56%)
  • Pão francês (+1,50%)
  • Óleo de soja (+1,33%)
  • Farinha de trigo (+0,94%)

Fonte: Jornal O Tempo – caderno Economia – Publicado em 06/09/2024 – Reportagem Rodrigo Oliveira. 

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