Alta no custo de vida em BH atingiu mais os pobres que os ricos em setembro, aponta estudo

Estudo aponta aumento de 0,64% nos gastos de famílias com renda até 40 salários mínimos, enquanto variação chega a 1% entre os que ganham até R$ 5.225

custo de vida aumentou em Belo Horizonte durante o mês de setembro, aponta estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG). Esse encarecimento, entretanto, foi desigual: atingiu mais as pessoas que ganham até 5 salários mínimos do que as que recebem até 40.

O estudo mostra que entre as pessoas que ganham até 40 salários (ou seja, até R$ 41.800), o aumento médio nos gastos foi de 0,64%. Por outro lado, para quem recebe até cinco salários (ou seja, até R$ 5.225), a alta foi de 1%. Vale lembrar que o salário mínimo está cotado em R$ 1.045.

Isso se deve pelo fato de a alta nos alimentos registradas no mês de setembro – com a cesta básica chegando ao seu patamar mais elevado de 2020 – atingir mais os pobres do que os ricos.

“O gasto familiar proporcional dos mais pobres é bem maior com os produtos alimentares”, explica Thaize Martins, coordenadora de pesquisas da Ipead/UFMG. “Outras variações de preço que foram negativas como o combustível, por exemplo, não costuma ser tão sentida pelas classes mais baixas por usarem principalmente o transporte público, que tem preço fixo”.

Com isso, as pessoas que ganham menos ficam mais sensíveis às altas dos preços dos alimentos. “E está difícil de falar em melhora, já que chegamos nos três meses em que a inflação naturalmente costuma ser a mais alta do ano”, comenta. “A tendência é de manutenção ou alta do custo de vida“.

Fonte: Jornal Estado de Minas – Publicado em 06/10/2020 por Rodrigo Salgado.

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